Categorias Notícias

PIX vai reduzir lucros dos bancos, defendem especialistas

A consultoria Ernest Young (EY) acredita que o PIX vai aposentar os cartões de débito de boa parte dos consumidores brasileiros.

Além disso, a empresa também afirmou que o novo sistema de pagamentos vai abocanhar uma fatia dos lucros obtidos pelos bancos com as operações de TED e DOC.

Porém, de acordo com os bancos, o PIX não vai acabar com o sistema de pagamentos atual.

PIX pode aposentar os cartões de débito, aponta a EY

O TED e o DOC foram criados na década de 1990 para substituir os cheques pré-datados.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

No entanto, parte dos usuários do sistema financeiro acredita que o TED e o DOC são ineficientes. Isso acontece porque esses sistemas funcionam apenas no horário comercial, de segunda a sexta-feira.

Outro ponto que incomoda os usuários dos serviços bancários é a taxa cobrada pelas transferências.

Embora os bancos digitais tenham instituído as transações gratuitas, vários bancos tradicionais continuam cobrando os seus clientes pelas operações.

Normalmente, a realização do TED ou DOC custa entre R$ 10 a R$ 20, a depender do banco.

Porém, com a chegada do PIX, a utilidade dos sistemas de transferências atuais é reduzida.

Segundo a EY, cerca de 20% das transferências podem ser substituídas pelo PIX, conforme reportagem publicada pelo Estado de Minas.

As transações levadas em conta pela EY incluem o TED, o DOC, os cartões e os cheques. Esse mercado movimenta R$ 50 trilhões por ano.

A Moody’s, que é outra empresa de consultoria financeira, acredita que o PIX pode acabar com 8% das receitas dos bancos no Brasil.

Bancos acreditam que o TED e o DOC continuarão sendo utilizados

Ivan Habe, que é diretor da EY, acredita que os brasileiros vão adotar o PIX de forma gradual.

Dessa maneira, pode demorar entre quatro a cinco anos para a população adotar o PIX de maneira generalizada.

Contudo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acredita que o impacto do PIX será limitado.

Na visão da Febraban, a maior parte das contas não cobra os clientes pelas transferências tradicionais. Ademais, Edson Costa, que é diretor do Banco do Brasil, afirmou o seguinte:

“Lançamos a TED em 2000 e até hoje o DOC, o cheque e o dinheiro não acabaram, porque ainda tem gente que usa.”

Apesar da visão de Costa, não é possível dizer que as transações atuais continuarão sendo utilizadas pelos brasileiros de forma significativa.

Ao contrário do TED e do DOC, o PIX será – em teoria – gratuito, instantâneo e disponível em qualquer horário e dia da semana.

Logo, não há razões para assumir que os clientes de serviços bancários vão continuar utilizando o serviço atual. Essa é a opinião de José Cláudio Oliveira, que é um dos responsáveis pela criação do TED e do DOC, em entrevista ao Estado de Minas.

Perguntado se o PIX vai acabar com o TED e o DOC, Oliveira respondeu:

“Vai. Não vai fazer sentido fazer uma TED ou um DOC se tiver um Pix que funcione bem.”

Leia também: Poupança dá prejuízo em rendimento mesmo batendo recorde de saldo

Leia também: China distribui R$ 8 milhões em sua moeda digital

Leia também: PIX: Nubank vai dar até R$ 50 mil para quem usar o PIX

Compartilhar
Nicolas Nogueira

Advogado, formado em Direito pela UFPR, com MBA em Negócios Internacionais. Tenho contato com as criptomoedas desde 2017. Sou apaixonado pelo assunto! Para mim, as criptomoedas são o único futuro possível para a economia mundial, bem como a melhor ferramenta de liberdade financeira para todos nós.

This website uses cookies.