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Pix é o sistema open banking do Bacen; Possível concorrente das criptomoedas?

Segundo uma publicação do Valor Econômico, baseada em uma entrevista concedida ao Globo News pelo presidente do Banco Central do Brasil (Bacen), Roberto Campos Neto, o sistema de pagamento open banking do Bacen se chamará Pix.

Segundo breves informações cedidas por Neto, o sistema interligará bancos e funcionará todos os dias da semana, 24 horas por dia. Será necessário apenas escanear um código QR para efetuar transferências de pagamento, sendo necessário apenas possuir uma conta corrente em um banco.

Tendo em vista a adoção de pagamentos eletrônicos no Brasil, estaria o Bacen tentando responder à disseminação das criptomoedas?

Acompanhando economias emergentes

O Bacen não fez nenhuma declaração aberta sobre tentar combater a disseminação dos meios de pagamento com criptomoedas, contudo, é mais seguro afirmar que a tentativa é de acompanhar uma tendência de economias emergentes.

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A China, por exemplo, processou US$17 trilhões em pagamentos eletrônicos em 2017 – feitos por 890 milhões de dispositivos únicos. O Banco Central da China teve que proibir que lojistas recebessem apenas pagamentos eletrônicos, visando forçar a circulação de cédulas de yuan (moeda do país).

Neto inclusive menciona sobre a não utilização de serviços bancários físicos em sua entrevista, o que motivou o sistema de pagamentos open banking chamado Pix. Dessa forma, pelo pouco que foi dividido, será possível pagar em qualquer estabelecimento escaneando um código QR.

E as criptomoedas?

É possível que a popularização do Pix reduza o número de pessoas utilizando soluções de pagamento em criptomoedas. Afinal, moedas fiduciárias (como o Real) já são familiares ao público, ao passo que criptomoedas representam um mundo novo – ainda que relativamente simples.

Contudo, nada impede que, após o sandbox regulatório, criptomoedas sejam integradas ao Pix. É uma possibilidade interessante, que poderia disseminar ainda mais o alcance dos criptoativos. Com uma possível postura favorável da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e demais órgãos federais organizadores do sandbox, moedas digitais podem ser vistas com outros olhos.

As possibilidades com o anúncio do Pix são muitas, sendo incerto o futuro das criptomoedas no Brasil após a popularização do sistema de pagamento do Bacen. Tendo em vista que a previsão de lançamento é apenas ao fim de 2020, resta aguardar e entender o cenário quando algo mais concreto sobre o Pix for revelado.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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