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Pesquisa revela que o ecossistema de criptomoedas segue em expansão no Brasil e no mundo

Uma recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Criptoeconomia, ABCripto, demonstrou um dado importante sobre o ecossistema nacional, apesar do alto índice de desemprego em diversos setores no Brasil, que atinge 13,4 milhões de pessoas, a industria de criptomoedas e blockchain está em processo de expansão e em busca de novos profissionais, apesar de algumas empresas terem demitido e reduzido seus quadros recentemente. O levantamento foi realizado durante todo o mês de setembro de 2018 e envolveu 41 empresas do setor. A iniciativa é parte do Grupo de Trabalho de Pesquisas da ABCripto que ainda pretende realizar outros estudos sobre o setor.

De acordo com a pesquisa, os dados sobre o segmento são favoráveis e, no total, revelaram uma média de 17,3 profissionais contratados por empresas que operam no ecossistema das criptomoedas e da blockchain, com  712 profissionais atualmente atuando no mercado. No entanto, destes profissionais, apenas 29% dos funcionários são contratos em regime CLT, com carteira assinada.

Outro dado importante é em relação ao amadurecimento do mercado. Das empresas que participaram do levantamento, 80% já possuem CNPJ e 32% realizaram alguma contratação este ano. Foi questionado também sobre a idade de existência das empresas que atuam no segmento, sendo a média de 5 anos e 6 meses, englobando empresas que já atuavam em outros mercados. Quando se excluem estas empresas da amostra, a média de idade diminui para 18 meses nas empresas dedicadas exclusivamente a este segmento.

Mesmo com a “batalha” judicial entre algumas exchanges e bancos tradicionais, que inclusive envolve uma investigação por parte da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre suposto abuso de poder econômico por parte dos bancos ao fechar conta de exchanges e empresas que trabalham com criptomoedas sem um argumento plausível, a pesquisa da ABCripto revelou que não há um “boicote” generalizado das instituições bancárias para com as empresas do setor de criptomoedas, e mostrou que  todas as empresas que possuem CNPJ também possuem contas bancárias abertas, e, das 41 instituições, apenas cinco empresas tiveram alguma conta encerrada por uma instituição financeira.

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“Este foi o primeiro levantamento que fizemos sobre o setor, vamos fazer outras pesquisas com o objetivo de mapear o desenvolvimento do ecossistema no Brasil. Isso é importante para que possamos mostrar aos reguladores e as instituições federais como este mercado vem se desenvolvendo e como ele pode ser impulsionado ainda mais com uma posição pró-mercado emitida pelo governo”, destaca Luiz Calado, presidente da ABCripto.

Calado destaca ainda que todas as empresas pesquisadas pretendem investir e expandir ainda mais em 2019, o que pode significar novas contratações, além disso, 85% das empresas pretendem expandir internacionalmente, mostrando que o Brasil não está apenas atraindo empresas internacionais como Huobi, CoinBene e CriptoMarket, mas também exportando seu conhecimento e suas empresas para o mundo, como é o caso da BitcoinTrade, que, como revelou o Cripotmoedas Fácil, anunciou expansão para o México.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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