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Pesquisa: investidores buscam forex e criptomoedas pela emoção

A Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA, sigla em inglês) traçou o perfil dos investidores do mercado forex e de criptomoedas.

De acordo com o estudo, publicado nesta terça-feira (23), a maior parte deste grupo é formada por jovens que tomam decisões com base na emoção em vez de conhecimento técnico.

Segundo a organização, as entrevistas foram conduzidas pela consultoria Britain Thinks entre agosto de 2020 e janeiro deste ano.

Investidores autodirigidos

Segundo a FCA, cerca de 517 “investidores autodirigidos” participaram da pesquisa, e, entre estes, cerca de 38% não puderam informar um motivo funcional para os investimentos.

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O estudo ainda constatou que, além da emoção, o status social também interfere no poder de decisão deste grupo.

“Para muitos investidores, emoções e sentimentos, como desfrutar a emoção de investir, e fatores sociais, como o status que vem de um senso de propriedade nas empresas em que investem.”

Aposta arriscada

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos investidores acreditam no “seu instinto”. Mais precisamente, em torno de 78% deste grupo diz “acreditar na intuição na hora de negociar criptomoedas”.

A mesma porcentagem enxerga alguns modelos de investimento como seguros. No entanto, parte dos entrevistados não possui conhecimento técnico ou consultoria.

Outro dado que se destaca é da “falta de consciência ou de crença nos riscos”. Mais de quatro a cada dez investidores dizem não perceber o risco de “perder algum dinheiro”.

Apesar do número de investidores que não acreditam em riscos, a pesquisa aponta que 59% desse grupo teria um impacto considerável em seu estilo de vida.

Aplicativos de investimento e anúncios

A FCA também descobriu que a maior parte dos investidores são mais jovens e diversificados etnicamente.

A pesquisa atribui esta consideração a facilidades dos aplicativos de investimento, anúncios nas redes sociais e conteúdos do YouTube.

Apenas no início deste ano, o número de investidores na plataforma da Robinhood cresceu em 6 milhões de novos usuários. A quantidade de mulheres aumentou em sete vezes.

Após analisar os resultados, Sheldon Mills, diretor-executivo da FCA, diz ser preocupante o perfil de investidor que está em construção:

“Estamos preocupados que alguns investidores estejam sendo tentados a comprar produtos de alto risco que dificilmente serão adequados para eles. Muitas vezes são estimulados por meio de anúncios online ou táticas de venda de alta pressão.”

Além da pesquisa, a FCA lançou uma campanha para conscientizar investidores sobre os riscos e prejuízos ao investir sem conhecimento no mercado de criptomoedas.

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Juliana Nascimento

Jornalista com ascendente em áries que curte board games, livros e séries/filmes.

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