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Pesquisa aponta que um em cada cinco britânicos prefere investir em Bitcoin do que em imóveis

O movimento de migração dos investidores de mercados tradicionais em direção ao mercado de ativos digitais(como Bitcoin) – que já alcança passos largos em países como Estados Unidos – chega a um dos mercados mais robustos da Europa: o Reino Unido.

Em uma pesquisa conduzida no país entre jovens investidores, os chamados millenials (ou geração Y), jovens entre 21 e 35 anos, 21% dos entrevistados afirmaram que preferem investir em ativos como Bitcoin do que comprar imóveis. A pesquisa foi realizada pelo site Get Living London.

Ainda segundo o levantamento, intitulado Insights for the UK “Built-To-Rent” Sector, 45% dos entrevistados recomendam alugar um imóvel antes de comprar. 57% deles consideram o investimento em imóveis “um alto risco” e 75% consideram que existem investimentos melhores do que imóveis – entre estes, o Bitcoin.

“Para os millennials, o desempenho crescente do Bitcoin – seguido por uma correção quase igualmente profunda – contém mais potenciais do que a perspectiva de crescimento constante dos preços das casas. Isso se traduziu para 27% dos millennials do sexo masculino entrevistados acreditando que o Bitcoin representa um investimento melhor do que uma propriedade”, afirmou o relatório. No total, 21% dos entrevistados consideram o ativo digital melhor do que imóveis.

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Uma fábrica de riqueza em risco

O mercado imobiliário no Reino Unido obteve grande destaque no passado devido aos crescimentos exponenciais e quase ilimitados nos preços dos imóveis. Uma pesquisa elaborada pela consultoria Zoopla, em 2015, revelou que 14% dos imóveis do país valiam mais de 1 milhão de libras, o equivalente q cerca de R$6 milhões em valores atuais.

Tais números fizeram surgir um verdadeiro boom imobiliário na capital do país, Londres, que se tornou uma das cidades mais caras do mundo em termos de moradia. De acordo com o levantamento, a cidade abriga 82% dos imóveis com valor igual ou maior que 1 milhão de libras no país.

Os preços atuais dos imóveis chegaram a tal ponto que residências modestas demandam um investimento que, há pelo menos 20 ou 30 anos, seria suficiente para comprar um grande imóvel de luxo na capital inglesa.

“Uma etiqueta de preço que já foi exclusiva de casas majestosas ou enormes mansões é cada vez mais comum para casas modestas, especialmente na capital”, diz Lawrence Hall, da Zoopla.

No entanto, mesmo esse grande histórico de riqueza não parece chamar a atenção dos jovens investidores de nossos tempos na mesma intensidade que na geração anterior. A pesquisa da Get Living London, por sinal, revelou que o aluguel acaba chamando mais atenção dos millenials: 59% deles afirmou que a mobilidade e facilidade de mudança são os principais motivos que os levaram a preferir alugar do que comprar.

Certamente o Bitcoin, um ativo digital e passível de ser transportado com enorme facilidade num smartphone ou até mesmo em um pedaço de papel, acaba se tornando uma forma extremamente atrativa para essa geração armazenar sua riqueza e transportá-la de e para qualquer lugar do mundo.

A geração do aluguel

Neil Young, executivo-chefe da Get Living, analisou os resultados do relatório e concluiu que essa grande mudança faz parte de uma nova “geração de aluguel”, a qual é mais focada em ter coisas sob demanda do que em assumir grandes e arriscados passivos.

“O que encontramos neste relatório é que a ‘geração de aluguel’ é mais cautelosa quando se trata de investimento imobiliário, é otimista para o futuro e valoriza a flexibilidade que o aluguel oferece. Essas mudanças não podem ser ignoradas.”

O Reino Unido não é um exemplo isolado dessa mudança de comportamento entre os investidores da geração Y. Nos Estados Unidos, a queda do interesse entre os investidores por Wall Street em detrimento ao Bitcoin segue acentuada. O mesmo fenômeno se repete no Brasil: apesar de termos uma porcentagem de investidores muito menor do que norte-americanos ou britânicos, já possuímos o dobro de clientes cadastrados em exchanges de criptomoedas do que de CPFs cadastrados na B3.

A mobilidade e a diminuição de taxas e custos de manutenção, algo que popularizou iniciativas como a cultura do aluguel e a proliferação de fintechs, chegou também ao conceito de armazenamento de valores. Como dizem os principais HODLers de Bitcoin: seja seu próprio banco! E, claro, leve-o para qualquer lugar do mundo.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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