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PCC pode ter usado Bitcoin para lavar dinheiro do narcotráfico internacional

Um inquérito da Polícia Civil investiga um amplo esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico usado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores do país.

De acordo com uma reportagem da Band, que foi ao ar nesta sexta-feira, 14 de agosto, uma corretora de Bitcoin estaria sendo usada por membros do PCC para lavar o dinheiro.

Corretora recebeu R$ 300 milhões

As investigações da Polícia Civil apontaram que, nos últimos anos, a corretora em questão recebeu mais de R$ 300 milhões. No entanto, depois disso, entrou em recuperação judicial.

O dinheiro movimentado seria fruto de um esquema de pirâmide financeira que utilizava Bitcoin.

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Na lista de investidores no esquema, a polícia encontrou nomes de suspeitos de tráfico de drogas. Além disso, havia advogados, políticos e empresários investindo na corretora.

Agora, a polícia investiga se esse esquema foi usado para esquentar o dinheiro do narcotráfico internacional.

“Esquemas dessa natureza servem não só para investir, mas para muitas pessoas para esconder o dinheiro, até pela falta de regulação. Muitas vezes para lavar dinheiro, ou sonegar impostos, você faz essa maquiagem em investimento e consegue uma justificativa que tem origem ilícita”, explica o advogado Jorge Calazans à reportagem da Band.

Chefe do PCC tinha vida de luxo

Antes de ser preso no ano passado, um dos líderes do PCC, André de Oliveira Macedo, o André do Rap, levava uma vida de luxo com o dinheiro do narcotráfico.

O responsável por enviar toneladas de cocaína para a Europa tinha uma mansão em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, lanchas e helicópteros.

No entanto, embora André do RAP tinha sido condenado em primeira instância, ele pode ser solto no mês que vem.

Isso porque o processo da Justiça Federal, que o mantém preso com base em prisões preventivas, não está andando.

“[Espero] que os tribunais superiores mantenham a prisão do narcotraficante porque sua soltura seria um duro golpe no combate ao tráfico internacional de entorpecentes no País”, pontua o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

Amplo esquema de lavagem de dinheiro

Além do uso das criptomoedas, a polícia investiga outros esquemas de lavagem de dinheiro na Baixada Santista por pessoas ligadas à André do RAP.

Este é o caso do empresário Fredy Silva Bento, responsável por promover festas e eventos no litoral.

Segundo as investigações, os parentes de Fredy também fariam parte do esquema. Assim, eles estariam lavando dinheiro com restaurantes, lojas de roupas e até mesmo com um ONG para crianças carentes.

Frey, no entanto, nega as acusações.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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