Pay Diamond é denunciada pelo Ministério Público de São Paulo

De acordo com uma publicação do Diário de Justiça de São Paulo feita nesta segunda-feira, 09 de março, os sócios da suposta pirâmide financeira Pay Diamond foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) à 2ª Vara Criminal de Barueri.

A Pay Diamond, além de oferecer supostos investimentos em diamantes, também oferecia supostos investimentos em Bitcoin com promessas de retornos diários. Também eram oferecidos investimentos em sua suposta criptomoeda, a Mktcoin.

A denúncia acusa os envolvidos de praticar os crimes de pirâmide financeira, induzir consumidor a erro, associação criminosa e organização criminosa.

A denúncia

Conforme narrou o MPSP na peça acusatória, desde 2016 os membros da Pay Diamond (que à época se chamava 3D Comércio e Representações Ltda) estão sendo investigados por exercerem atividades não registradas no mercado de diamantes.

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Após começar como uma empresa que vendia materiais de informática, a Pay Diamond se tornou uma relojoaria. Foi feita então uma alteração de fachada na razão social, de acordo com o parquet, por parte do líder da Pay Diamond, Carlos Cesar Luiz, e sua esposa, Kátia Regina Zazirskas.

O esquema envolveu diversas outras empresas, segundo investigação do MPSP, todas ligadas a Carlos Cesar Luiz. Uma dessas empresas, a LifeInBlock, era responsável pela emissão da suposta moeda digital do esquema, a Marketcoin. Por meio dela, também eram feitas promessas de rendimentos exorbitantes mensalmente.

Em um dos trechos, o MPSP até mesmo afirma saber que alguns dos sócios da Pay Diamond estão trabalhando com criptomoedas. A informação foi passada por uma vítima do Espírito Santo, onde a captação de investidores para o esquema ocorria de forma agressiva. Estes mesmos sócios que estariam trabalhando com criptomoedas coagiam moralmente os investidores que manifestavam sua insatisfação quanto ao atraso nos pagamentos.

Segundo reclamações apresentadas no Reclame Aqui, a Pay Diamond já não paga investidores há cerca de dois anos. Reclamações novas estão sendo submetidas na plataforma, a mais recente sendo feita há 20 dias.

Tendo em vista o conjunto de empresas vinculadas à Pay Diamond e suas diferentes ofertas, o Ministério Público de São Paulo imputou a prática do crime de indução de consumidor a erro, afirmando que os cinco denunciados mentiram sobre a natureza dos negócios oferecidos. Acerca dos “negócios oferecidos”, o MPSP listou planos de investimentos e pagamentos em Bitcoins. Os denunciados também mentiram sobre as ofertas serem registradas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os cinco denunciados são: Carlos Cesar Luiz, suspeito de ser o líder do esquema; Kátia Regina Zaziskas, braço direito e esposa do líder da operação; Dilhermano Pereira Gonçalves e Adriano Machado Mendes, captadores de novos investidores para a Pay Diamond e empresas ligadas; e Rodrigo de Souza Kagaochi, pelo seu envolvimento direto com a Mktcoin.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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