Categorias Notícias

Paulo Guedes vê possível hiperinflação: como o Bitcoin protege do real?

Após quase 30 anos, o risco de hiperinflação voltou a ser levantado no Brasil. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, alertou sobre o risco do real entrar em colapso. O período coincide com a alta do Bitcoin.

Como relatou o CriptoFácil, Guedes reclamou das dificuldades do governo em conseguir rolar a dívida. Ele afirmou que o país poderá sofrer uma hiperinflação caso a situação não mude.

“Estou bastante frustrado com o fato de estarmos aqui há dois anos e não termos conseguido ainda vender nenhuma estatal. Por isso, um secretário nosso foi embora Salim Mattar, que deixou o ministério em agosto. Precisamos recompor nosso eixo político para fazermos as privatizações prometidas na campanha”, disse.

Hiperinflação destruiria valor do real

Em economia, uma hiperinflação corresponde a uma disparada extrema e sem controle dos preços. Costuma-se definir como hiperinflação uma inflação que atinge níveis superiores a 50% ao mês.

Embora muitos economistas descartem a volta da hiperinflação, esse cenário não é impossível. Com a volta da alta inflação, o valor do real pode despencar — e com ele o poder de compra dos brasileiros.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

No passado recente, a maior taxa de inflação vivenciada no Brasil foi em 2015. Naquele ano, o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 10,67%.

O valor é alto, mas não chega nem perto da maior taxa de inflação da história brasileira. Entre julho de 1993 e julho de 1994 (data da implementação do Real), o IPCA acumulado no período foi de impressionantes 5.265,99%.

IPCA acumulado em 12 meses até a implementação do Plano Real. (Fonte: Banco Central).

O Plano Real acabou com o fantasma da hiperinflação. Mas isso não significa que o Brasil possui uma moeda forte.

Desde o seu lançamento até hoje, a moeda brasileira já perdeu 84% do seu valor.

Perda do poder de compra do real desde o seu lançamento. (Fonte: Banco Central).

Em 2020, as notícias de economia não são positivas para a moeda do país. O real desvalorizou cerca de 40% em relação ao dólar, sendo uma das moedas com pior desempenho no mundo.

Bitcoin pode ser defesa contra hiperinflação

Com tal desvalorização, as pessoas sempre buscaram meios de proteger seu poder de compra. E a fala de Guedes pode ter estimulado o receio em muitos investidores.

Na verdade, a hiperinflação é um mal que assolou — e ainda assola — toda a América Latina. O exemplo mais atual é o da Venezuela, cuja moeda virou frangalhos nos últimos anos.

Nesta semana, o bilionário mexicano Ricardo Salinas admitiu que investiu 10% de seu patrimônio em Bitcoin. Para ele, o Bitcoin “protege o cidadão da expropriação do governo”. E também da inflação.

No entanto, as declarações de Pliego valem tanto para países em desenvolvimento quanto para os desenvolvidos.

O mundo entrou em um período prolongado políticas de impressão de dinheiro, o que desvalorizou todas as moedas, inclusive o dólar. E como os bancos centrais já deixaram claro, essas políticas não têm data para acabar.

Assim, o investimento em Bitcoin parece cada vez mais perto de ser a única alternativa de proteção. Afinal, a hiperinflação pode estar longe, mas a perda de valor do real segue constante.

Leia também: Bitcoin rompe os R$ 100 mil e marca novo recorde em reais

Leia também: Jogadores de poker estão aumentando ganhos com saques em Bitcoin

Leia também: Token DeFi dispara 5.494% em apenas 3 dias

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.