A prefeitura de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, firmou uma parceria com a gigante mundial de computação Microsoft para a implementação de aplicações de blockchain na cidade e, a partir de agora, as vagas de estacionamento nas ruas da capital mineira, conhecidas como estacionamento rotativo, são equipados com um serviço baseada na tecnologia.
De acordo com uma reportagem da revista Época, o modelo foi criado internamente, dentro da Empresa de Informática e Informação do Município (Prodabel), em parceria com a Empresa Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), e significou mais eficiência e economia para os cofres públicos.
“O uso de blockchain como ponto central do modelo do rotativo, além de trazer auditabilidade, segurança e confiabilidade, é uma nova fase de projetos que se abre, onde temos condições de usufruir as mais modernas tecnologias como abordagem para desafios tradicionais da gestão pública. Além disso, esta ação demonstra que é possível se trabalhar com tecnologias de ponta e inovação no setor público”, afirmou Leandro Garcia, presidente da Prodabel.
Como mostra a reportagem, atualmente, Belo Horizonte possui 22 mil vagas de estacionamento rotativo, o que representa cerca de 100 mil oportunidades diárias para parar o carro. Por meio da nova aplicação, o usuário deve baixar o aplicativo Rotativo Digital BH (disponível para Android e iOS) e em seguida deve cadastrar a placa do veículo e definir a quantidade de créditos e a forma de pagamento (cartão de crédito, débito ou boleto). Quem estiver sem celular ou não deseja utilizá-lo para comprar crédito, pode fazer a compra e acionar os créditos eletrônicos em um posto de venda mais próximo, como bancas de jornal, lanchonetes, livrarias ou qualquer ponto credenciado identificado com o selo do Rotativo Digital.
Na aplicação, a blockchain atua como uma camada de segurança, pois são mais de 20 empresas autorizadas a vender créditos para vagas de estacionamento rotativo. A tecnologia promete auxiliar na prevenção de fraudes e ajudar a prefeitura a ter controle do sistema.
“A segurança dada pelo blockchain praticamente elimina a possibilidade de fraude. É um banco de dados em que as partes só escrevem as informações referentes às suas próprias vendas, e leem as dos outros. Depois que os dados entram no sistema, não é possível alterar”, disse Ronan Damasco, diretor de tecnologia da Microsoft no Brasil.
Garcia participou ativamente das discussões e da definição do modelo de negócios adotado em Belo Horizonte, além do desenho da arquitetura da solução que utiliza a blockchain.
“O modelo de negócios proposto interage e fomenta empresas de tecnologia, que criarão os aplicativos oficiais de distribuição de créditos por meio de chamamento público, além de permitir uma fiscalização mais eficiente”, disse.
A implantação do estacionamento rotativo na capital mineira integra uma série de ações desenvolvidas pelo Município por meio do programa estratégico “Belo Horizonte Cidade Inteligente”, que tem por finalidade aproximar o Poder Público das empresas, universidades e cidadãos para fortalecer o ecossistema tecnológico e tornar a capital referência no desenvolvimento de soluções para Cidades Inteligentes (Smart Cities).
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