O perfil do Museu do Holocausto brasileiro no Twitter foi alvo de um ataque hacker na manhã desta quinta-feira (26). Hackers invadiram a conta do museu e criaram um tuíte pedindo doações em criptomoedas.
De acordo com a publicação, o Museu do Holocausto estaria correndo o risco de fechar e, para evitar isso, precisaria de doações. Em seguida, a publicação forneceu dois endereços de criptomoedas, um de Bitcoin (BTC) e outro de Litecoin (LTC).
“Somos obrigados a informar que podemos fechar a qualquer momento devido à falta de fundos para o desenvolvimento. Se você quiser ajudar, envie fundos em criptomoeda: Bitcoin e Litecoin“, diz a mensagem.
A princípio, muitos seguidores do museu acreditaram que a publicação era verdadeira. De fato, alguns deles até criticaram a atitude da instituição de pedir doações em criptomoedas. Só que duas horas após a publicação do tuíte, o museu confirmou que se tratava de um ataque.
Por meio de um novo tuíte, a organização alertou de que estava sendo alvo de uma invasão hacker e pediu que ninguém enviasse dinheiro aos endereços.
“O perfil do Twitter do Museu sofreu um ataque. Pedimos que desconsiderem mensagens postadas ou enviadas. Esperamos em breve solucionar o problema. Até lá, contamos com a compreensão de todos”, alertou a conta.
Golpistas conseguiram fundos
Mesmo com o alerta emitido pelo museu, os exploradores de blocos do BTC e da LTC mostram que os golpista ainda conseguiram receber fundos. De acordo com a Blockstream, a carteira de BTC continha cerca de 0,035 BTC, ou R$ 4.777 na cotação atual.
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Já em LTC, os hackers receberam 7,49 LTC, o que corresponde a R$ 2.276 na cotação em reais. Em suma, o ataque ao Museu do Holocausto rendeu R$ 6.753 até o fechamento desta matéria. Ninguém conseguiu descobrir quem foi o autor do ataque.
Além de divulgar os endereços, os invasores utilizaram a conta para publicar vídeos no perfil de outros usuários. Essa publicação era automática, feita sempre que alguém fazia alguma referência ao BTC ou outras criptomoedas – uma tática comum entre robôs e contas falsas ou invadidas.
Hackers utilizaram contas para divulgar golpes. Fonte: Museu do Holocausto/Twitter.
Os golpes de invasão de perfis no Twitter são bastante comuns, especialmente a partir de 2020. Naquele ano, um grupo de hackers invadiu dezenas de contas famosas, como do ex-presidente Barack Obama, e as utilizou para pedir doações em criptomoedas. A invasão foi uma das maiores da história da rede social.
Mas o Twitter não é o único alvo, pois contas no YouTube também sofrem com invasões desse tipo. Os hackers geralmente invadem as lives ou roubam os canais, criando lives falsas. Em seguida, aplicam golpes oferecendo o dobro de criptomoedas para quem enviar uma quantidade para os endereços fornecidos.
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