Tecnologia

Ordinais e BRC-20 não estão substituindo transações ‘normais’ de Bitcoin

As transações com Ordinals e com tokens padrão BRC-20 estão se destacando há alguns meses, mas ainda representam uma pequena parte das transações que ocorrem na rede do Bitcoin.

De acordo com uma publicação recente da Glassnode, os críticos dos Ordinais estão errados ao afirmar que as chamadas “inscrições” – especialmente os tokens BRC-20 – são um ataque de negação de serviço às transferências regulares de Bitcoin (BTC).

Em sua conta no X (antigo Twitter), o analista da Glassnode, James Check informou que a grande maioria do espaço do bloco Bitcoin hoje ainda é composto por transações monetárias “normais”.

Os números da Glassnode mostram ainda que as inscrições compartilham uma parcela de cerca de 50/50 do total de transações Bitcoin com transferências monetárias.

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No entanto, o primeiro é geralmente mais eficiente no espaço de bloco do que o último. Utilizando menos de 10% do tamanho dos dados em bloco, as inscrições geram entre 20% e 40% das taxas totais das redes.

“Estamos agregando mais valor, mais taxas e mais dados ao mesmo bloco, pessoal”, escreveu Check em uma postagem para X na quarta-feira (13). “As inscrições são boas para o Bitcoin, elas pagam aos mineradores e ao mesmo tempo tornam a utilização do espaço mais eficiente.”

Check disse também que a oposição aos Ordinals e aos tokens BRC-20 é “puramente ideológica e subjetiva”:

“Felizmente, o Bitcoin tem um conjunto de regras de consenso que são objetivas e não respondem aos nossos sentimentos ou valores subjetivos.”

Polêmica dos Ordinals e BRC-20

A análise da Glassnode chega dias depois de duras críticas ao Ordinals por Luke Dashjr, famoso desenvolvedor do Bitcoin Core. De acordo com Dashjr, os Ordinals são uma “falha” no código do Bitcoin Core. Ele afirmou que uma correção poderia potencialmente impedir que novos tokens BRC-20 causassem congestionamento.

Segundo ele, as inscrições, utilizadas pelos criadores de Ordinals e tokens BRC-20 para incorporar dados em satoshis, exploram uma vulnerabilidade no Bitcoin Core. Isso, por sua vez, permite a criação de transações de spam, prejudicando a rede.

Só que a ideia de incluir dados em satoshis não surgiu com o Ordinals, mas é algo que existe desde 2013. Os usuários possuem um limite para inserir dados nos satoshis que já está previsto no código. Mas as inscrições contornam esse limite disfarçando seus dados como código de programa, causando a sobrecarga.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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