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Operação Lava Jato e cocaína: criminosos brasileiros lavam dinheiro também com Bitcoin

No Brasil, criminosos também têm acompanhado o avanço da tecnologia e explorado o potencial das criptomoedas. Como mostrou o Criptomoedas Fácil, recentemente, a Polícia Civil do Tocantins prendeu hackers que roubavam diversas contas bancárias e lavavam o dinheiro furtado com criptomoedas, especialmente com Bitcoin. O assunto ganhou atenção nacional e foi inclusive destaque no Jornal Nacional, noticiário do horário mais nobre da Rede Globo.

Esta semana, conforme reportagem do portal G1, uma outra quadrilha brasileira também foi presa utilizando Bitcoins. Desta vez,  traficantes internacionais de drogas enviavam cocaína para a Europa em contêineres e negociavam pagamentos em criptomoedas, “principalmente em Bitcoins”, explicou o chefe da delegacia de Repressão às Drogas da Polícia Federal, Carlos Eduardo Thome.

“Eles usam essa moeda para receber valores lá fora. É uma forma de burlar o controle da movimentação financeira”, disse o delegado.

Os líderes da quadrilha eram empresários que intermediavam a compra no Brasil e no exterior. De acordo com a polícia, a quadrilha escolhia contêineres que chamavam menos atenção de acordo com o destino da carga. Já no porto do Rio de Janeiro, havia a “contaminação” do contêiner, com o rompimento do lacre, a colocação da droga e o fechamento com lacre semelhante. Uma segunda forma de transportar a cocaína era via exportadoras de fachada. Empresas que alegavam trabalhar com materiais de construção eram abertas com o objetivo de facilitar o negócio.

No ínicio deste ano, uma fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro identificou que um ex-secretário de Administração Penitenciária do Estado e um delegado da Polícia Civil buscavam desviar recursos no sistema prisional utilizando o BTC como forma de lavar de dinheiro. As autoridades identificaram pagamentos que totalizavam R$300 mil por meio de transações com Bitcoin no exterior, o que poderia ser um “teste” em busca de novas formas de burlar as fiscalizações, de acordo com o superintendente-adjunto da 7ª Região Fiscal da Receita, Luiz Henrique Casemiro.

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“Nos chamou a atenção na Receita Federal, em relação à essa operação específica, porque pela primeira vez aparecem operações envolvendo Bitcoin. Isso é uma novidade, mostra que as pessoas estão tentando sofisticar de alguma forma, talvez voar abaixo do radar da Receita Federal e do Banco Central”, disse Casemiro em entrevista sobre a operação.

De acordo com as investigações, funcionários públicos da Secretaria de Administração Penitenciária associaram-se aos gestores da Iniciativa Primus – uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) – e a outros agentes da iniciativa privada para a prática de atos fraudulentos e lesivos, que resultaram em um prejuízo de aproximadamente R$44,7 milhões aos cofres do estado do Rio de Janeiro, afirmou na época o Ministério Público do Rio de Janeiro, que participa da investigação ao lado da PF e do Ministério Público Federal.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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