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Oferta circulante de USDT é reduzida em mais de US$ 7 bilhões

A Tether, empresa por trás da stablecoin USDT, viu a oferta da stablecoin cair em quase 10%, conforme mostram dados do CoinMarketCap. Isso ocorreu por causa da ação dos investidores, que venderam mais de US$ 7 bilhões da stablecoin.

Por ter seu lastro no dólar, a USDT tem a sua oferta reduzida ou aumentada conforme o fluxo de dólares da Tether. Para cada US$ 1,00 em reservas, a empresa pode emitir 1 USDT. Da mesma forma, a retirada de cada dólar obriga a Tether a queimar 1 USDT.

Esse movimento de saída de capital chegou a fazer a USDT perder a paridade com o dólar em 12 de maio. Naquele dia, a stablecoin caiu de US$ 1,00 para US$ 0,95 em meio aos temores sobre o futuro das stablecoins.

Investidores perdendo confiança em estábulos

Os dados da CoinMarketCap mostram que a oferta circulante do USDT está atualmente em US$ 75,9 bilhões. Uma semana atrás, estes mesmo valor era de US$ 83 bilhões há uma semana, ou seja, houve uma queda de 8,55%.

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Em algumas exchanges, a USDT chegou a ser cotada abaixo de US$ 0,95. A stablecoin voltou a subir, mas ainda não está no patamar de exatamente US$ 1,00. Como resultado, os investidores pareciam ter perdido a confiança e começaram a se desfazer de USDT. Foi justamente este movimento que levou a uma retirada de US$ 7 bilhões, reduzindo a oferta da stablecoin.

USDT perdeu paridade com o dólar no fatídico 12 de maio. Fonte: CoinMarketCap.

Além disso, as reservas da Tether continuam sendo alvo de críticas, sobretudo pela falta de transparência. Para mitigar as críticas, a empresa tem reduzido o risco das suas reservas. Na semana passado, o CriptoFácil relatou que a Tether cortou em 50% a exposição da USDT em ativos de risco.

Os relatórios das reservas se tornaram mais completos, mas o mercado ainda questiona se a stablecoin é realmente lastreada em 1 para 1 com o dólar americano.

CEO garante lastro da USDT

Em 17 de maio, o diretor de tecnologia da Tether Paolo Ardoino conversou com Ki Young Ju, CEO da Cryptoquant. Young Ju perguntou a Ardoino se a Tether possuía reservas para garantir os 75 bilhões de USDT em circulação.

Na sua resposta, Ardoino mencionou os 7 bilhões de USDT que foram vendidos e devolvidos em dólar aos seus usuários. De acordo com o executivo, a capacidade da Tether de fazer esta operação é uma prova da solidez de suas reservas.

“Restituímos 7 bilhões de USDT em 48 horas, sem piscar os olhos. Quantas instituições podem fazer o mesmo? Sim, Tether está totalmente lastreado. Podemos continuar se o mercado quiser, temos toda a liquidez para lidar com grandes resgates e pagar tudo”, garantiu.

Enquanto isso, a redução na paridade da USDT criou oportunidades de arbitragem, inclusive para a própria Tether. Nesse sentido, os usuários poderiam comprar USDT mais barato em uma plataforma e vendê-la em outra, auferindo lucro.

Ou seja, a paridade da USDT oscila para menos de US$ 1,00, mas eventualmente retorna a este patamar. Isso significa que a paridade permaneceu inalterada até o momento.

Mais stablecoins depeg após o ust de Terra

Por falar em auditoria, este tema foi levantado durante a conversa entre Young Ju e Ardoino. O CEO da Cryptoquant questionou quando a empresa forneceria uma auditoria para o USDT.

Cabe ressaltar que a empresa tem um portal de transparência em seu site, mas não conta com uma auditoria completa. Ardoino disse que a empresa está trabalhando em uma auditoria, uma demanda muito solicitada pelo mercado.

“Espero que os reguladores pressionem mais empresas de auditoria para serem mais amigáveis ​​para o setor de criptomoedas”, disse.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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