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O que causa a morte de um projeto de criptomoeda?

Mesmo em um setor tão jovem quanto o das criptomoedas, muitos projetos já foram terminados e sites como Coinopsy e DeadCoins estão fornecendo relatórios de autópsia desses projetos.

Com isso, o site de notícias LongHash buscou dados do Coinopsy com o intuito de saber sobre os tipos de projetos que falham e, com isso, foram encontrados alguns padrões interessantes.

O que mata projetos de criptomoedas?

Os dados do Coinopsy incluem algumas causas diferentes para o término de projetos. O mais comum foi a morte por abandono, o que significa que os investidores simplesmente pararam de negociar o token e seu volume caiu para zero (ou quase zero). Nesse caso, 63,1% dos projetos tiveram esse destino.

O próximo grande grupo de projetos mortos é composto por supostos golpes, no qual 29,9% dos projetos do site estão enquadrados. A maioria desses supostos golpes ocorreu em 2017, provavelmente inspirados na alta histórica do mercado. Neste conjunto de dados, o número de golpes salta mais de 5 vezes em 2017 em comparação com o ano anterior.

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Curiosamente, os dados também incluem os nomes dos fundadores de alguns dos projetos. Dois fundadores, um usuário do Bitcointalk chamado “Crunck” e alguém chamado “Daniel Mendoza”, são nomeados como tendo fundado três diferentes supostos projetos fraudulentos (embora, novamente, esses dados sejam compostos por sugestões fornecidas por multidões e podem não ser precisos).

Outras mortes de projetos de criptoativos incluem ICOs que falharam ou fracassaram (3,6%) e projetos “piadas” (3,2%) como “AnalCoin”, “BagCoin” e “BieberCoin”.

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Quantos projetos mortos existem?

É impossível dizer com precisão quantos projetos de criptoativos morreram e a resposta depende, de certa forma, de como você define “morto”. Atualmente, o Cointopsy lista 705, o DeadCoins lista 1.779, enquanto a Coinmarketcap lista mais de 1.000 projetos com menos de US$1.000 diários em volume de negociação, o que certamente os coloca na categoria de “mortos”, se não “totalmente mortos”.

Esses três bancos de dados têm sobreposições, então podem existir projetos repetidos.

Quanto tempo os projetos condenados sobrevivem?

Uma das coisas mais interessantes sobre os dados do Cointopsy é que eles têm dados de “início” e “término” para quase todos os projetos, o que nos permite ter uma imagem aproximada de quanto tempo cada projeto sobreviveu.

Sem surpresa, os projetos “abandonados” – ou seja, aqueles que realmente decolaram, mas acabaram perdendo o interesse do investidor – tenderam a durar mais tempo, com uma vida útil média de 1,7 anos. As ICOs fracassadas duraram quase o mesmo tempo, com uma vida útil média de 1,6 anos. Os projetos de “piadas”, aparentemente, só se mantêm por uma média de 1,4 anos. Já os projetos fraudulentos tiveram a vida útil média mais curta do grupo, durando apenas cerca de um ano.

Leia também: Site DeadCoins aponta que mais de 800 criptomoedas “morreram”

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Julia Santos

Estudante de engenharia e entusiasta do mundo da blockchain e criptomoedas

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