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O crescimento dos tokens de segurança em 2018

2018 foi concebido para ser o ano dos tokens de segurança (ou security tokens, no termo em inglês). O número de projetos que pretendiam lançar ofertas de tokens de segurança (STOs) era previsto para aumentar. O lançamento de dois novos relatórios sobre o mercado de STO oferece uma oportunidade para refletir sobre se os tokens de segurança satisfizeram essa exagerada projeção.

Quando a mania por tokens de utilidade (ou utility tokens, no termo em inglês) decolou em 2017, levantando bilhões de dólares por meio de ofertas iniciais de moedas (ICOs), os céticos previram que a mania não poderia durar. Muitos desses que afirmavam ser tokens de utilidade, eram na verdade valores mobiliários, e era apenas uma questão de tempo até que uma agência reguladora, como a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, interviesse para interromper o processo. No caso, o desaparecimento do token de utilidade teve menos a ver com o cumprimento da lei e mais com as condições de mercado que tornaram virtualmente impossível para as ICOs levantar fundos. Uma série de ICOs de baixo desempenho, incluindo várias que foram golpes diretos e outras que simplesmente não conseguiram entregar, diminuiu o apetite do público por esse mecanismo de captação de recursos.

Os STOs têm o potencial de superar vários dos inconvenientes das ICOs, incluindo a incerteza regulatória. Como os tokens de segurança representam uma reivindicação de um ativo, como o patrimônio, os investidores têm um certo grau de certeza de que, no caso de o projeto vacilar, eles terão uma reparação legal. Isso contrasta com os tokens de utilidade, que são vendidos com base no entendimento de que eles podem não valer nada e que os detentores têm direito zero a qualquer tipo de ativo. Dois novos relatórios da Hashgard e da ICOrating.com fornecem uma visão sobre a saúde do mercado de tokens de segurança nascente.

STOs vivenciam crescimento modesto no terceiro trimestre

A ICOrating.com relata que STOs tiveram um aumento constante nos juros durante o segundo e terceiro trimestres de 2018. A parcela de projetos oferecendo um token de segurança aumentou em 1,36% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, enquanto o número de projetos oferecendo tokens de utilidade diminuiu 10%. Um impedimento para projetos que buscam lançar um STO é a falta de plataformas capazes de listar seu token. Até que as tradicionais exchanges de criptomoedas, incluindo várias entidades sediadas em Malta, recebam aprovação para vender títulos a investidores credenciados, um punhado de plataformas prevalecerá.

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As principais plataformas e estruturas de negociação de ativos de segurança incluem Tzero, Polymath, Swarm, Harbour, Securitize e Securency. Diferentes exchanges frequentemente usam diferentes padrões de token para facilitar o comércio de tokens de segurança. No caso da Polymath, por exemplo, é o protocolo ST20 para tokens baseados em Ethereum. A Startengine, entretanto, introduziu o seu próprio padrão ERC1450 para certificados de ações digitais.

“Até o momento, emitimos tokens ERC1450 para todos os 3.500 acionistas da Startengine, e há mais 165 empresas elegíveis que usam o Startengine Secure e devem ser listadas no contrato inteligente ERC1450”, explicou o CEO Howard Marks.

2019: o verdadeiro ano dos tokens de segurança?

Progresso significativo foi feito ao longo dos últimos 10 meses no desenvolvimento de padrões de tokens de segurança, plataformas de negociação e obtenção de aprovação regulamentar. Em termos de capital levantado, no entanto, os STOs ainda não fizeram grandes progressos. A Blockchain Capital de Cingapura levantou US$10 milhões via STO, informa a Hashgard, enquanto outros projetos de tokens de segurança incluem o fundo de investimento de alta tecnologia Spice VC e o fundo de incubadora Science Blockchain. Muitos outros projetos aspirantes a STO ainda esperam pacientemente pela SEC.

Como a demanda por tokens de utilidade continua a diminuir, é provável que os tokens de segurança tornem-se o método preferido de captação de recursos para projetos. Do ponto de vista da construção, este ano registrou muito progresso no mercado de tokens de segurança. As previsões de 2018 como o ano do token de segurança parecem ter sido exageradas. Parece mais provável que isso ocorra em 2019.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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