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O Bitcoin é o ativo com melhor desempenho em 2019

O ouro registrou um crescimento de 17% em seu valor desde 31 de dezembro. Já o mercado de ações, especificamente o índice Standard & Poor’s 500 diminuiu 21% até 30 de setembro. Quando falamos em títulos, o título do tesouro dos EUA por exemplo tem rendido cerca de 1,6%, chegando perto de mínimas históricas.

Mas afinal, como fica o Bitcoin diante deste cenário? O preço do principal criptoativo do mercado terminou terceiro trimestre do ano em torno de US$8.308, de acordo com a ferramenta de dados Messari, o que representa um aumento de 114% neste ano. Os investidores que compraram BTC no último dia de 2018 teriam pelo menos dobrado seu investimento.

Segundo publicação da Coindesk, em Wall Street, uma das principais críticas ao Bitcoin é que ele foi inventado há apenas uma década (um bebê para os padrões do velho mundo) por um programador de computador (ou programadores, ninguém realmente sabe), sem nenhum valor subjacente real.

Mas, com a desaceleração da economia global e trilhões de dólares em títulos do governo da Europa e do Japão sendo negociados com rendimentos negativos, os ganhos de preço do Bitcoin este ano podem atrair uma nova onda de investidores que estão menos familiarizados com as criptomoedas.

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Já existem sinais de quem poderiam ser esses investidores. A Pantera Capital, um dos primeiros fundos de investimento em criptomoedas, realizou recentemente um evento em São Francisco, Califórnia, para seus investidores no qual apresentou o criptógrafo e o pioneiro no universo das moedas digitais Nick Szabo. À medida em que a palavra chegava à audiência, vários investidores que nunca haviam transitado por esta nova classe de ativos entraram em contato com a empresa solicitando convites, disse Paul Brodsky, sócio da Pantera.

“Há muito drama ao redor de tudo, muita energia, muita imprensa”, disse Brodsky. “Estamos obtendo interesse significativa de investidores institucionais de todos os tipos.”

A valorização do preço do Bitcoin este ano pode atrair grandes investidores institucionais, como fundos de pensão e doações, lutando para atingir metas de retorno para que possam cumprir obrigações com aposentados e outros beneficiários, de acordo com executivos da empresa de investimentos com foco em criptomoedas KR1.

“O Bitcoin já existe há tempo suficiente, as pessoas estão mais familiarizadas com ele”, disse Keld van Schreven, diretor da empresa de Londres, acrescentando:

“Sim, oscila descontroladamente, mas eles podem conhecer outras pessoas que usam Bitcoin e dizer para si mesmos: ‘Ei, eles foram muito bem este ano’. Há sempre um medo de ficar de fora.”

Em um relatório publicado na última semana, analistas da empresa de Wall Street Goldman Sachs classificaram as ações de tecnologia da informação como o setor com melhor desempenho no acumulado do ano, com um retorno de 31%, observando o desempenho inferior de outras classes de ativos, como títulos e ouro.

O Bitcoin não foi mencionado no relatório, um lembrete de que o mercado permanece em seus primeiros dias; grandes empresas de Wall Street ainda não negociam ativos digitais em escala significativa. Mas, no acumulado do ano, os ganhos de preço do Bitcoin são quase quatro vezes o nível das ações de tecnologia mais quentes.

Muitos investidores notaram o Bitcoin pela primeira vez em 2017, quando o seu preço subiu mais de 20 vezes, atingindo uma alta histórica de US$20.089 em dezembro daquele ano. Após uma grande correção em 2018, o preço do Bitcoin está agora 59% abaixo desse pico.

Porém, mesmo com seu preço atual, o Bitcoin ainda está cotado em um nível 10 vezes superior ao seu nível no início do rali de 2017.

Um dos argumentos de longo prazo para o Bitcoin é que, diferentemente de ações e títulos cujos preços geralmente são altamente sensíveis às decisões dos bancos centrais e dos governos, a criptomoeda é independente das autoridades soberanas. Em vez disso, é governado por políticas fixas que são codificadas na rede subjacente e, portanto, difíceis de mudar.

Segundo essas regras, a oferta do Bitcoin é limitada em 21 milhões, por isso não será propensa à inflação, como moedas de mercados fiduciários, como dólar, euro e iene, se seus respectivos bancos centrais recorrerem à impressão de mais dinheiro como forma de estimular suas economias.

De fato, o presidente norte-americano Donald Trump, concorrendo à reeleição nos EUA em 2020, pediu repetidamente cortes mais acentuados nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), enquanto acusa a China de reduzir artificialmente o valor de sua moeda, o yuan, para obter uma vantagem injusta no comércio internacional.

Muitos defensores das criptomoedas caracterizam o Bitcoin como o ouro 2.0 – essencialmente uma forma mais nova, tecnologicamente aprimorada e mais portátil do metal precioso, vista desde os tempos antigos como uma reserva confiável de valor.

Leia também: Imprimir mais dinheiro ou focar no Bitcoin? Conheça a Teoria Monetária Moderna

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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