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Número de exchanges hackeadas atinge recorde em 2019

Segurança em exchanges é uma preocupação comum a todo entusiasta de criptomoedas que opera no mercado. Contudo, segundo um cálculo feito pelo notório membro da comunidade do Bitcoin Jameson Lopp, o número de hacks tem aumentando progressivamente ao longo dos anos – com 2019 culminando no recorde.

Com exceção dos anos de 2015 e 2016, o número de hacks em exchanges sempre cresceu ou se manteve. O salto mais brusco se deu de 2018 para 2019, com um aumento de 76% no número de hacks. Apesar de 23 exchanges serem hackeadas em 2019, apenas algumas delas são realmente conhecidas pelo público. Confira a lista das grandes plataformas que foram hackeadas abaixo.

Uma retrospectiva de falhas

Cryptopia: A Cryptopia anunciou em seu Twitter no dia 15 de fevereiro que havia sofrido uma brecha em seu sistema de segurança. Foi o primeiro grande hack de 2019, totalizando uma perda de US$3,620 milhões para a exchange.

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Ao todo, 19.391 em Ethereum foram roubados, bem como 48 milhões de tokens Centrality. À época, os montantes correspondiam respectivamente a US$2,44 milhões e US$1,18 milhão.

Coinmama: Também em 15 de fevereiro, outra exchange a relatar um furo no balde foi a Coinmama. A exchange prestou uma declaração, afirmando que 450 mil endereços de email e senhas foram vazados em um ataque global que prejudicou 24 sites – a Coinmama inclusa.

Não se sabe quanto foi perdido, ou se as credenciais roubadas foram utilizadas para roubar fundos de usuários da exchange.

DragonEx: No dia 24 de março, foi a vez da DragonEx anunciar por meio de seu canal no Telegram a ocorrência de um ataque. A exchange anunciou que fundos foram transferidos para outras contas, contudo, não informou ao público o total perdido no ataque.

Coinbene: Um dia após o hack da DragonEx, a Coinbene também se viu perdendo fundos para hackers. Inicialmente, a exchange alegou que manutenções estavam ocorrendo na plataforma. Contudo, evidências posteriores revelaram o hack.

Ao todo, US$100 milhões foram roubados, maior quantia declarada desta retrospectiva.

BithumbParecia mentira, por ser 01 de abril. Contudo, infelizmente para a Bithumb e seus usuários, a notícia era suficientemente verdadeira. A exchange sofreu uma perda de EOS equivalente a US$13 milhões à época, em uma brecha que muito pareceu um serviço interno.

A companhia confirmou o roubo por meio de uma declaração, afirmando que um “saque anormal” de EOS foi captado por meio do sistema de monitoramento.

Binance: Nem a exchange queridinha do público, tida como muito segura, escapou do alcance dos hackers. No dia 07 de maio, 7.000 Bitcoins foram sacados da Binance, cerca de US$40 milhões à época, em uma única grande transação.

De acordo com a declaração da empresa, os hackers utilizaram diversas técnicas, incluindo phishing e vírus, para obter uma grande quantidade de dados dos seus usuários.

Bitrue: Em 27 de junho, a exchange de Cingapura Bittrex também deixou a porta do quintal destrancada. US$4,2 milhões em criptoativos de seus usuários foram roubados, divididos em diferentes criptomoedas.

BITPoint: Nem as japonesas escaparam. A BITPoint, no dia 12 de julho, também foi vítima de hackers. 3,5 bilhões de ienes foram roubados da carteira online da exchange, totalizando US$32 milhões.

Dos fundos roubados, mais de 70% pertenciam a usuários.

Upbit: Fechando a retrospectiva, o hack mais recente se deu sobre a exchange sul coreana Upbit. No dia 27 de novembro, um montante de 342.000 Ethereum foi enviado da carteira online da Upbit para um endereço de carteira desconhecido.

O montante em Ethereum equivale, de acordo com a cotação da data do roubo, a US$49 milhões.

Apenas o número de hacks perpetrados contra grandes plataformas em 2019 já é o suficiente para desbancar os anos anteriores, com exceção de 2018. Com o advento de 2020, tomara que as exchanges se esforcem em segurança na mesma proporção que se esforçam em publicidade.

Leia também: Oito exchanges de criptomoedas retêm 1,9 milhões de Bitcoins

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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