A premissa acima – que mais lembra uma versão de Breaking Bad voltada para adolescentes – forma a história da série Como vender drogas online (rápido), que estreou recentemente no catálogo do Netflix. Embora seja um drama adolescente, a série toca em temas como tráfico de drogas, como mudar o modelo de negócio de uma startup e, principalmente, criptomoedas.
Os dois personagens principais são os adolescentes Moritz e Lenny. Logo no primeiro episódio, Moritz vê sua namorada Lisa terminar o namoro com ele. E como se não bastasse, a garota começa a sair com Daniel, adolescente popular que é responsável por levar ecstasy para as festas da escola.
Decidido a recuperar a garota, Moritz decide pedir ajuda a seu amigo Lenny (que sofre de uma doença degenerativa incurável). Ambos possuem uma startup chamada MyTems, que originalmente permitia a compra e venda de itens para jogos online. Após uma mudança de “estratégia” (chamada de pivotagem no mundo das startups), a MyTems transforma-se na MyDrugs e os itens de jogos online dão lugar aos coloridos comprimidos de ecstasy.
Ao longo dos seis episódios da série, os dois “traficantes” precisam lidar com diversos temas que, para os conhecedores da história do Bitcoin, soarão familiares. O MyDrugs passa a funcionar na deep web e aceitar pagamentos em criptomoedas: Bitcoin, Litecoin e IOTA são algumas das opções escolhidas pelos garotos. Uma referência explícita ao famoso site Silk Road, criado em 2012 por Ross Ulbricht e um dos primeiros a usar Bitcoin como meio de pagamento.
Outro tema bastante presente na história é a privacidade. Moritz e Lenny correm extremo risco, pois o pai de Moritz é policial e realiza constantes apreensões de drogas – especialmente tendo Daniel como principal vítima. Assim, os chats e todos os sistemas da MyDrugs são criptografados e as identidades dos clientes, protegidas. Algumas cenas rápidas mostram flashes de transações com criptomoedas, enfatizando o caráter anônimo das transações.
Em resumo, Como vender drogas… é uma série curta (seis episódios com cerca de 30 minutos cada), divertida e que possui um ritmo frenético.
Leia também: Indicado ao Oscar e produtor da Netflix, Kyle Tekiela quer fazer filme com e sobre o Bitcoin
This website uses cookies.