Economia

Nigéria acusa Binance de evasão fiscal enquanto executivo da exchange foge da custódia

O governo federal da Nigéria apresentou acusações contra a exchange de criptomoedas Binance por evasão fiscal no Tribunal Superior do país, conforme relatado pelo jornal local Punch nesta segunda-feira (25)

A Receita Federal da Nigéria acusa a Binance de quatro acusações de evasão fiscal: falta de pagamento do imposto sobre valor agregado, falta de pagamento do imposto de renda da empresa, não apresentação de declarações fiscais e ajuda aos clientes na evasão fiscal por meio de sua plataforma.

Além disso, a Binance enfrenta acusações por não ter se registrado junto ao FIRS, a Receita Federal da Nigéria, para fins fiscais. A exchange de criptomoedas também teria violado as regulamentações fiscais existentes no país.

Dois altos executivos da Binance, Tigran Gambaryan e Nadeem Anjarwalla, que as autoridades da Nigéria detiveram recentemente, também são réus no processo.

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Binance enfrenta acusações da Nigéria; executivo foge

Conforme noticiou o CriptoFácil, Gambaryan e Anjarwalla receberam um “convite” das autoridades nigerianas para debater as operações da Binance no país. Contudo, as autoridades detiveram a dupla após sua chegada à capital nigeriana, Abuja, em 26 de fevereiro.

Naquele momento, não haviam acusações formais contra eles, apenas alegações de que a Binance obteve lucros com transações ilegais localmente.

No entanto, Anjarwalla teria escapada da custódia da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros na última sexta-feira. De acordo com portais locais, ele supostamente fugiu do país utilizando um passaporte queniano. Isso porque as autoridades nigerianas teriam confiscado o seu passaporte britânico.

A Binance afirmou estar colaborando com as autoridades nigerianas para resolver a situação rapidamente e garantir a segurança de seus funcionários. Ao mesmo tempo, confirmou que tem informações de que o executivo não está mais sob custódia.

Tudo isso ocorre enquanto a Nigéria enfrenta uma crise monetária agravada pelo aumento da inflação, atingindo quase 30% em janeiro, e pela desvalorização significativa de sua moeda, classificada como uma das piores do mundo este ano. Em meio a esses desafios econômicos, a população nigeriana recorreu às criptomoedas para proteger suas economias.

O país ocupa a segunda posição mundial em adoção de criptomoedas, logo atrás da Índia, conforme indicado por um índice da Chainalysis. Transações com criptomoedas no valor de aproximadamente US$ 60 bilhões foram realizadas pelos nigerianos em um intervalo de um ano, de acordo com a Chainalysis.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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