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NFTs podem sofrer mesmo destino das ICOs em 2019, alerta executivo

O mercado de tokens não fungíveis (NFT) segue aquecido nos últimos dois anos. No entanto, muitos ainda enxergam esses tokens como uma grande bolsa. É o caso de Ryan Carson, COO do podcast PROOF Collective, que alerta: NFTs terão o mesmo destino que as ICOs tiveram em 2019.

ICO é a sigla em inglês para Oferta Inicial de Moedas, modalidade de investimento que explodiu em 2018. Diversos projetos tidos como revolucionários captaram dinheiro através de ICOs. Contudo, boa parte deles se revelou como grandes golpes, o que manchou a reputação do mercado.

Como resultado, as ICOs entraram num completo ostracismo a partir de 2019 e hoje praticamente não se ouve falar delas. Para Carson, os NFTs correm o risco de seguir o mesmo caminho – e esse crash deve ocorrer nos próximos meses.

Possível crash dos NFTs

Carson possui uma certa experiência para falar do assunto. Afinal, o PROOF Collective é um podcast que cobre em detalhes o ecossistema de NFTs. Nessas coberturas, Carson faz críticas sobretudo aos chamados jogos play-to-earn (P2E).

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A princípio, o executivo reconhece o crescimento exponencial de vários mercado. Ele destaca que o fluxo de riqueza institucional e privada aumentou entre os NFTs. Até mesmo as Organizações Autônomas Descentralizadas (DAO) entraram na briga, com vários projetos captando até US$ 100 milhões em investimentos.

Jogos, artes digitais e comunidades cresceram ao redor de NFTs. Ao mesmo tempo, projetos como The Sandbox (SAND) e Decentraland (MANA), que registraram recordes, geraram comprometimento dos seus participantes.

Carson prevê que no futuro, os investidores de varejo serão mais seletivos em relação aos NFTs. Dessa forma, muitos deixarão de comprar “esquemas de ganhos rápidos” e irão focar nos NFTs de real valor. E quando isso acontecer, o mercado entrará em um enorme ciclo de queda.

Jogos P2E: “economias insustentáveis”

Um dos mercados que mais foi impactado pela recente queda, alerta Carson, foi o de jogos P2E. Segundo ele, o momento pessimista revela todas as deficiências e falta viabilidade de projetos que não necessariamente tem demanda do mundo real.

De fato, o mercado de alta visto entre 2020 e 2021 contribuiu para uma alta demanda de tokens de jogos. Subitamente, várias plataformas foram lançadas oferecendo ganhos diários apenas para quem cumprisse determinadas missões.

Isso abriu o caminho para oportunidades lucrativas para os jogadores e gerou uma economia inteiramente nova. De repente, jogar deixou de ser apenas um passatempo passivo e virou uma indústria multibilionária.

No entanto, o início de 2022 trouxe uma situação bastante diferente. As maiores criptomoedas registram quedas consecutivas, o que também afetou esses jogos. Jason Choi, sócio da Spartan Capital, acredita que o momento prejudica bastante a rentabilidade dos jogos P2E.

Como resultado, a maioria desses jogos – e seus respectivos tokens – deve sofrer enormes perdas, ou até colapsar por completo. Um cenário idêntico ao que ocorreu com as ICOs depois da febre de 2018. Curiosamente, aquele também foi um ano que começou mal para todo o mercado.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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