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NFTs não vão te deixar rico, mas podem garantir boas experiências, afirma executivo

O mercado de tokens não fungíveis (NFTs) esteve – e ainda está – no centro das atenções do Brasil e no mundo, com destaque para as celebridades. Famosos como Neymar Jr., Justin Bieber, Madonna e vários outros gastaram milhões de reais com a compra de NFTs, chamando ainda mais atenção para este mercado.

No entanto, a chegada do “inverno cripto” afetou também os preços dos colecionáveis digitais. Alguns NFTs desvalorizaram quase 90% em um período de cinco meses.

Queda dos NFTs

A queda de preços foi algo, sem dúvidas, doloroso para os cerca de 5 milhões de pessoas que possuem ao menos um NFT no Brasil, de acordo com o Digital Economy Compass 2022, da Statista. Na verdade, o Brasil é o segundo país em números absolutos com relação aos NFTs, atrás apenas da Tailândia.

Apesar disso, os NFTs oferecem mais do que a possibilidade de enriquecimento. Pelo menos esta é a opinião de Cássio Krupinsk, CEO da fintech de digital assets marketplace e investimentos BlockBR.

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Segundo ele, a inovação e a digitalização são importantes fatores de atração. No entanto, o que fez grande parte dessas pessoas se interessar por NFTs foi o alto volume de negociação. Ao longo de 2021, por exemplo, os NFTs movimentaram cerca de US$ 40 bilhões, segundo a ChainAnalysis.

“Os NFTs são ativos que representam experiência, influência e senso de pertencimento”, disse ele. “Eles representam algo único em sua versão digital e criptografada. Músicas, artes digitais, imagens, entre outros bens imateriais ganham espaço dentro desse modelo. A tecnologia blockchain protege o direito autoral com o smart contract e facilita sua distribuição entre consumidores e, principalmente, colecionadores.”

Ou seja, para Krupinsk, o objetivo principal é promover essa vivência que une criadores e seus públicos. Por outro lado, quem compra como um ativo financeiro, com interesse de revenda em uma possível valorização, “provavelmente vai morrer com ele em mãos” assim como no mercado de artes.

“A pessoa que adquire um Picasso quer expor o quadro, apreciá-lo e divulgá-lo para seus familiares e amigos. Pode revender no futuro e ganhar com uma possível valorização? Sim, mas essa não é a ideia central”, exemplificou.

NFT é bolha?

Para Krupinsk, o setor de NFTs vive uma bolha especulativa como tantas outras que ocorreram ao longo do tempo.

Ele acredita que essa bolha está prestes a estourar. Isso porque o total de transações desses tokens caiu 47% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, segundo dados da plataforma NonFungible.

Em 13 de fevereiro de 2022 as transações beiravam R$ 21 bilhões, mas, um mês depois, já tinham caído para R$ 5 bilhões

“Os indicativos estão claros. Mas, como em toda bolha, observa-se uma forte tendência de marketizar em vez de monetizar e conscientizar. Ou seja, transacionar o máximo de dinheiro possível em vez de garantir o maior entendimento sobre o tema e promover negócios verdadeiramente de valor para os usuários”, destacou.

No fim, quando esse boom passar, o executivo acredita que os NFTs irão entregar a única coisa que podem: a experiência e o senso de pertencimento.

Ele pondera, no entanto, que não há problemas em ver os NFTs como fontes de investimento. Entretanto, é importante entender quais, de fato, prometem entregar retornos financeiros e quais são utilizados com outros propósitos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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