NEM completa 3 anos e desenvolve soluções para integração com IoT

Lançada em 31 de março de 2015, a NEM completou três anos no mercado cripto. Quando lançada, cada XEM, token da plataforma, valia US$0,00040, em janeiro deste ano o token atingiu a máxima histórica de US$1,70 e, até o fechamento deste artigo, um XEM vale cerca de US$0,22. Variação de preços a parte, a NEM firmou-se como um dos projetos mais importantes do universo cripto e detém grandes parcerias.

Há poucas semanas, a Fundação NEM anunciou a versão beta de uma nova aplicação em sua blockchain chamada Catapult, criada em parceria com a startup japonesa Tech Bureau. Segundo a fundação, esta é uma atualização que implementa um mecanismo repleto de recursos que potencializa redes públicas e privadas com plugins exclusivos de contrato inteligente. Esses plugins possibilitam a criação de ativos digitais que permitem swaps descentralizados, sistemas avançados de contas e modelagem lógica de negócios.

Para esclarecer como funciona esta nova função, o Criptomoedas Fácil, em parceria com a CCN, agência de notícias norte-americana, entrevistou Nelson Valero, membro do conselho da Fundação NEM, que não falou apenas do Catapult, mas também do mercado DLT/cripto como um todo.

O Catapult, ou mijin v.2, é uma atualização do mijin v.1, lançada em 2015. Com esta atualização, a NEM leva seu projeto a um próximo estágio que pretende unir IoT (internet das coisas) e IA (inteligência artificial). Isso amplia a relevância da tecnologia blockchain em muitos outros setores como um produto corporativo.

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No último mês, a NEM também comemorou a listagem de seu ativo em uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, a Binance. Segundo Valero, novas exchanges, principalmente aquelas responsáveis por grandes volumes de negociações, estão no alvo do token, que possui um grupo específico cuidando do assunto dentro da fundação. Além disso, também há uma equipe específica trabalhando na melhoria da usabilidade da NanoWallet e de todas as funções da blockchain da NEM. Segundo ele, hoje em dia, os projetos com blockchain ainda estão em estágio inicial e em breve, com muitas provas de conceito em andamento, as tecnologias DLT estarão cada vez mais “conectadas” aos cidadãos comuns.

Valero acredita que 99% da ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) hoje em andamento irão fracassar no futuro, mas os 1% restante serão bem sucedidos e vão prevalecer, “provavelmente estabelecendo o caminho para todos nós” e beneficiando toda a comunidade. Para ele, o interesse de grandes empresas tradicionais, como Fujtisu, Volkswagen e  Ford, assim como empresas de tecnologia, como Googlee Amazon, nas oportunidades da tecnologia DLT não pode ser entendido como uma ameaça aos projetos hoje existentes e sim demonstram que a blockchain está aqui para ficar, com potencial de mudar a forma como realizamos, registramos e pensamos inúmeras operações hoje em dia.

O futuro estará em blockchain e este futuro também está sendo pensado na NEM. Valero revelou que além do Catapult estão sendo desenvolvidas provas de conceito numa operação chamada IoNEM, na qual a blockchain da NEM é integrada aos sistemas de IoT e à economia das máquinas, na qual os dados serão os elementos mais fundamentais. Segundo estimativas, mais de 75 bilhões de dispositivos estarão conectados interagindo entre si de diferentes maneiras.

O assunto regulamentação não foi deixado de lado. Valero acredita que a regulação é positiva:

“Quando os governos anunciam que vão regular eles pretende fazer o papel do estado que é garantir a segurança das pessoas e afastar comportamentos criminosos, como lavagem de dinheiro. Então, se os governos pretendem reconhecer e regulamentar a dupla criptomoeda/DLT, nós estaremos lá para apoiar.”

No entanto, Valero acredita que os projetos de criptomoedas emitidas por nações, como é o caso do El Petro (a criptomoeda venezuelana que está sendo construída na blockchain da NEM), não tem nada a ver com os projetos atuais, pois são centralizadas e controlados pelo governo e, com isso, todos os mesmos questionamentos quanto às moedas fiduciárias também podem ser aplicados a estes projetos de stablecoins. Ele também fez questão de salientar que não há qualquer envolvimento, de qualquer membro da equipe da NEM, no projeto do Petro.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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