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Momento é de cautela, mas Bitcoin ainda inspira confiança em analistas e exchanges brasileiras

Algumas lideranças da comunidade de criptomoedas estão tentando entender o comportamento do Bitcoin no cenário de colapso da economia global por conta da pandemia do coronavírus que derrubou bolsas e levou junto o preço do Bitcoin. O ativo chegou a apresentar uma desvalorização de 50%, sendo cotado a menos de US$ 5 mil. O Bitcoin conseguiu se recuperar e, na última semana, apresentou um crescimento de 30%, mas a queda ainda pede cautela.

Apesar de o Bitcoin ter acompanhado o movimento descendente do mercado, surpreendendo a muitos, líderes de exchanges brasileiras e analistas de criptomoedas seguem confiantes no criptoativo, de acordo com uma matéria publicada pela Yahoo Finanças, nesta quarta-feira, 25 de março. 

O analista de mercado de mineração e criptomoedas, Cléber Trindade, por exemplo, comentou que é difícil entender esse comportamento do Bitcoin. Isso porque, segundo ele, de maneira geral, o ativo “não acompanha o mercado nessas oscilações”.  

“Não acho que essa situação coloca todo o mercado em ‘quarentena’, mas deve fazer todos pensarem, refletirem melhor sobre as criptomoedas”, ponderou Trindade.

Para o COO da BitcoinTrade, Daniel Coquieri, o movimento de desvalorização do mercado de criptomoedas foi resultado do que chamou de “efeito manada” de todos os mercados globais e exige atenção. 

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“Muitos investidores venderam suas criptomoedas para cobrir quedas de outros mercados ou também para se precaver de um cenário pior com a pandemia. É momento de bastante cautela com relação aos preços.”

O impacto não foi sentido apenas no preço do Bitcoin, mas também na atividade de mineração. Isso porque, segundo o CEO da consultoria Fastblock, Bernardo Schucman, para pequenas e médias operações certamente há impacto nos ganhos. Schucman também destacou que há um impacto no contingente de pessoas trabalhando nos data centers, já que o trabalho presencial é fundamental para garantir a segurança na mineração. “É requisito número um”, disse Schucman. 

Confiança para o futuro

Sobre o futuro do Bitcoin em meio a crise atual, o CEO da corretora Foxbit, João Canhada, afirmou:

“A crise claramente já está entre nós e o Bitcoin está se mostrando resiliente e respondendo bem. A única coisa que não ocorreu como o esperado foi uma rápida valorização nessa situação de stress do mercado. Mas o ano não acabou. Vamos acompanhar com atenção. Continuo confiante no potencial do Bitcoin”.

Trindade também confia que o Bitcoin é um ativo seguro e que não vai “sofrer”. Entretanto, ele analisou que é necessário ter cautela:

“Em um momento em que ameaçamos entrar na pior crise da história, investidores precisam pensar bem, analisar friamente o mercado”, disse. “Não acho que o Bitcoin vá sofrer. É um ativo seguro. Mas duvido que vá se manter em alta como antes. A crise chega pra todos.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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