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Mobilidade e conversibilidade: as vantagens do Bitcoin para brasileiros

Em artigos anteriores, eu trouxe a importância de ter o Bitcoin como uma parte do seu portfólio. E hoje, volto a tocar nesse tema.

Durante o fim de semana, presenciei muitas opiniões sobre a suposta “genialidade do ministro da economia Paulo Guedes e do Banco Central brasileiro (Bacen). O motivo? O suposto repasse de R$ 500 bilhões ao Tesouro, oriundo dos ganhos com a variação do dólar.

O valor exato depende do reflexo da variação do dólar nas reservas internacionais e do resultado do Banco Central nas operações equivalentes à venda da moeda no mercado futuro. Essas operações são conhecidas com swap cambial.

Entretanto, tal movimento está longe de conferir uma suposta “genialidade”. De fato, ele evidenciou um dos grandes riscos do real: a alta volatilidade.

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Ajuda no déficit da pandemia

Quem acompanhou a cotação do dólar em 2020 deve ter ficado extremamente confuso. De pouco mais de R$ 4,00 no início do ano, a moeda norte-americana saltou para quase R$ 6,00 em meados de maio. Com isso, o real tornou-se a moeda que mais perdeu valor em 2020, com cerca de 40% de desvalorização.

No entanto, no final de maio e início de junho o real voltou a se valorizar. Na última sexta-feira, 05 de junho, o dólar fechou o dia em R$ 4,98. Uma valorização de 15% desde a sua máxima.

Embora ainda seja a moeda que mais perde valor, o real amenizou suas perdas. E essa desvalorização trouxe os lucros de R$ 500 bilhões que o Bacen pode repassar ao Tesouro. Esses lucros, se forem repassados, poderão ser usados para amenizar o déficit gerado pela pandemia.

De acordo com o secretário do Tesouro Mansuetto Almeida, o déficit brasileiro pode chegar a R$ 700 bilhões em 2020. O lucro do Bacen representaria 72% desse déficit, o que já seria uma grande ajuda. Porém, esse movimento trouxe um grande risco ao real.

Volatilidade digna do Bitcoin

Imagine uma moeda que perde 40% de seu valor, recupera 15% e que tem como controladores pessoas imprevisíveis. Essa é a situação atual da nossa moeda. Se muitos gestores reclamam da volatilidade do Bitcoin, o real não ficou atrás.

Como disse o economista Fernando Ulrich, a função do banco central deveria ser “a de guardião da moeda e de defensor da estabilidade cambial”. Duas funções que não temos visto a atual equipe econômica do Bacen cumprir com esmero.

“Nem é papel do banco central operar câmbio”, destacou Ulrich em um vídeo do seu canal no YouTube.

Com isso, a moeda brasileira flutuou de uma forma absurda, prejudicando todos que dependem de uma mínima estabilidade para planejar suas contas. Se exportadores se beneficiaram disso para ganhar mais dinheiro, importadores tomaram grandes prejuízos. E isso independe do valor alto ou baixo da moeda, mas sim da grande incerteza em sua cotação.

“Uma das piores coisas para a economia real não é o câmbio se valorizar ou desvalorizar demais, mas sim a alta volatilidade do câmbio. Essa grande volatilidade é ruim para quem produz, importa, exporta, para quem precisa se planejar para comprar insumos”, afirmou Ulrich.

E por fim, o economista também criticou a suposta transferência do lucro do Bacen ao Tesouro em seu Twitter.

Falta de conversibilidade

Outra grande desvantagem do real brasileiro é a sua falta de conversibilidade. Uma moeda de conversibilidade plena, ou moeda conversível , não tem restrições no seu comércio com outras moedas. Moedas como o dólar ou euro são plenamente conversíveis, assim como o iene japonês e a coroa norueguesa, por exemplo.

Já o real não é uma moeda conversível, o que não apenas reduz sua demanda mundial como torna extremamente difícil (e caro) para o investidor internacional trocar seus dólares por reais e vice-versa.

A falta de conversibilidade restringe as opções de investimento de quem utiliza apenas o real. Ela traz altos custos e aumenta a volatilidade no câmbio, prejudicando ainda mais a nossa situação.

O Bitcoin como solução

Diante desse cenário, o Bitcoin torna-se uma opção bastante interessante para mitigar a volatilidade ao longo prazo. Além disso, ele também resolve, ainda que parcialmente, o problema da conversibilidade.

Praticamente todos os principais países do mundo possuem uma exchange de criptomoedas. Nelas, é possível trocar bitcoins pela moeda local de forma mais rápida e muito mais barata do que seria a troca de reais. Adicionalmente, não seria necessário trocar reais por dólares e depois por outra moeda, diminuindo os custos de transação com intermediários.

Em termos de manutenção do poder de compra, o Bitcoin traz grandes vantagens. Quem guardou seu poder de compra em reais viu a moeda brasileira perder mais de 80% do seu valor desde 1994. Já quem guardou bitcoins desde 2009 experimentou um crescimento de impressionantes 100.000% em seu poder de compra.

Embora tal crescimento seja difícil de prever, a redução de volatilidade do Bitcoin traz mais estabilidade e confiança para si. E sua oferta escassa permite um potencial de preservação e valorização de poder de compra além de qualquer moeda fiduciária.

Se você sofreu perdas e quer fugir das políticas monetárias desconexas que guiam o real e outras moedas fiduciárias, o Bitcoin pode ser a grande solução.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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