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Ministério da Fazenda capacita equipe em Bitcoin, blockchain e DLT com curso da Blockchain Academy

A Dataprev, empresa de tecnologia e informações da Previdência Social, responsável pela base de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, por sua vez, controla a Previdência Social no Brasil, está estudando a tecnologia blockchain. Por meio de um contrato firmando entre a instituição e a Blockchain Academy (BA), instituição de ensino focada no universo blockchain, equipes da Dataprev serão capacitadas para entenderem o funcionamento e história do Bitcoin, da blockchain e de outras tecnologias DLT, como Hyperledger e Corda.

Para entender como este avanço será importante para o ecossistema cripto/blockchain, o Criptomoedas Fácil procurou Rosine Kadamani e Thiago Padovan para falarem sobre o assunto. Os cofundadores da BA fizeram uma publicação na conta oficial da empresa no Facebook, na qual repudiam como a divulgação de uma notícia, veiculada por outro portal de comunicação, teria agido de forma equivocada por expôr dados sem a devida análise dos fatos. Confira o post na íntegra:

“A Blockchain Academy fechou um contrato com a Dataprev, empresa pública de tecnologia vinculada ao Ministério da Fazenda para fazer capacitação de sua equipe de negócios e de tecnologia. Para nós, isso foi um grande motivo de celebração.

O primeiro foi a confiança depositada em nosso time para capacitação sobre esse tema que é tão inovador e complexo. Para atendê-los, estão envolvidos, diretamente ou indiretamente, mais de 10 pessoas, incluindo desenvolvedores, pessoas de negócios e advogados. Todos com carreira formada e sólida e que vêm se especializando em frentes diferentes no tema cripto/blockchain, podendo agregar no conteúdo de forma muito específica e especializada em níveis bastante avançados.

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O segundo é que neste ano de 2018, que foi de bear market, nós, que deixamos projetos e carreiras anteriores para nos dedicarmos 100% à capacitação nesse tema, e que não temos investidores dando colchão à operação, sentimos diretamente o impacto e estamos orgulhosos por gerar trabalho para profissionais desse ecossistema.

O terceiro motivo é que a contratação se deu com dispensa da licitação, por inexigibilidade. Isso ocorre quando a instituição contratante confia que não há no mercado concorrentes que possam prover o mesmo serviço e com a mesma qualidade. Isso para nós é um motivo de orgulho. Nós também fomos contratados pelo Banco Central do Brasil com dispensa de licitação, com a mesma lógica, em 2017.

O último e mais relevante motivo é termos a oportunidade de levar a técnicos que estão diretamente envolvidos com discussões tecnológicas de interesse nacional a sofisticação das discussões sobre origem do dinheiro, cidadão com controle de suas reservas financeiras, privacidade x controle estatal, e todos os mais diversos temas envolvendo esta nova temática, que são de interesse nacional. Confiamos que este esforço, somado ao de formação de tantos outros profissionais de todos os perfis, está sendo a base da formação de pensadores que terão mais elementos para transformar a nossa realidade.

Apesar disso, fomos surpreendidos agora com uma notícia do Portal do Bitcoin, escrito por Claudio Goldberg Rabin, com um tom bastante questionador sobre a contratação.

Logo no título, chama-se atenção ao preço pago, como se fosse um dos pontos mais relevantes. E traz o que faturamos em 2017. Nós adoraríamos que tivessem colocado tudo o que pagamos, e as dezenas (ou já centenas) de palestras, eventos e cursos que já fizemos gratuitamente, bem como que colocassem tudo o que tivemos que pagar do nosso bolso ou que tivemos que sacrificar de reservas pessoais para nos atualizarmos e para o projeto acontecer.

No texto, expressa-se erroneamente de que a contratação foi “sem licitação”, evidenciando despreparo do jornalista em fazer cobertura de um tema que envolve questões jurídicas básicas.

Também faz uma conta do preço por hora, o que também novamente evidencia despreparo do jornalista, por comparar o custo de um curso aberto com a precificação de um curso fechado. E expressa que foi um “gasto do erário”, sendo esta uma insinuação de despropósito, ao invés de ressaltar a especificidade do tema, a qualificação dos instrutores e a relevância dessa capacitação para a sociedade e para o ecossistema em geral.

Isso dito, terminamos este post reafirmando que estamos muito orgulhosos do trabalho do nosso time, agradecidos pela confiança da Dataprev e seguros dos resultados, bem como com a continuidade do projeto, e, por outro lado, repudiamos esse tom insinuador e despreparado, que nos faz gastar energia com explicações enquanto todos poderíamos estar convergindo para um bem maior que é a boa formação das pessoas.”, finaliza a nota

Já  Cláudio Rabin, editor-chefe do Portal do Bitcoin, portal em que a notícia foi publicada destaca, “Publicar uma informação de interesse publico está acima dos interesses comerciais de qualquer empresa. Todos os dados estão no Diário Oficial. Basta checar.”

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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