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Mineradores de Bitcoin experienciam queda de 80% na receita

A mineração de blocos na rede Bitcoin nunca foi tão lenta. De acordo com dados da Glassnode, no domingo (27), houve uma demora, em média, de 23,3 minutos para minerar um bloco de BTC. Trata-se do maior intervalo já registrado desde os primeiros dias da criptomoeda.

Além disso, a receita diária dos mineradores de Bitcoin caiu 80%. Em maio, eles chegaram a faturar US$ 70 milhões em um dia, mas em 27 de junho esse montante caiu para US$ 12,8 milhões.

As quedas de faturamento e da velocidade da mineração são alguns dos resultados adversos da repressão da atividade por parte da China. 

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Conforme noticiou o CriptoFácil no início do mês, diversas províncias tiveram que interromper a mineração de Bitcoin após novas restrições das autoridades chinesas.

A consequência imediata do desligamento de máquinas foi a queda do hash rate. Ou seja, a capacidade de processamento na blockchain do Bitcoin.

Também no domingo, o hash rate caiu para menos de 65 Ehash/s. Este é o menor nível registrado desde novembro de 2019, segundo dados do BitInfoChartsConsiderando o topo de 171 Ehash/s alcançado em maio, trata-se de uma queda superior a 60%.

Mineração de Bitcoin mais lenta da história

Com o poder de computação em baixa, a rede passou a minerar os blocos de Bitcoin cada vez mais lentamente. De modo geral, quando a rede está “saudável”, um novo bloco de BTC é extraído, em média, a cada dez minutos.

Contudo, no domingo, o tempo de mineração superou 23 minutos. E, consequentemente, menos de 60 blocos foram minerados no dia.

“Na verdade, apenas 58 blocos de Bitcoin foram minerados durante todo o dia. Isso representa uma queda de 60% em relação à linha de base de 144/dia”, informou a Glassnode.

Paralelamente a isso, a receita média diária que os mineradores de BTC recebem também sofreu uma redução significativa.

Conforme destacou a Glassnode, a receita atual de US$ 12,8 milhões equivale à mesma receita que os mineradores estavam ganhando no início de novembro de 2020.

Destaca-se que, na época, o preço do BTC estava em cerca de US$ 13.000. Hoje, cada unidade da moeda digital está custando US$ 34.370.

Ainda segundo a Glassnode, esse cenário adverso está impactando diretamente a atividade na rede Bitcoin, que vem declinando:

“O número de endereços ativos tem caído bastante, atingindo valores não vistos desde o início de 2019.”

Finalmente, a empresa de análise de dados enfatizou que o próximo ajuste de dificuldade, que pode ser o maior da história, deve ajudar a resolver a questão.

Mais precisamente, a Glassnode afirmou que a dificuldade de mineração deve cair mais de 23% na próxima sexta-feira (2).

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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