Economia

Mineradores de Bitcoin devem focar em IA após o halving, aponta relatório

O halving do Bitcoin, ocorrido na noite da última sexta-feira (19), diminuindo em 50% a taxa de crescimento da oferta da moeda, pode levar os mineradores de BTC a migrarem para a inteligência artificial (IA) em locais com segurança energética. Esta é a análise apresentada pela CoinShares em um relatório divulgado recentemente.

A CoinShares destaca que empresas de mineração como BitDigital (BTBT), Hive (HIVE) e Hut 8 (HUT) já estão obtendo receitas por meio de operações de IA. Além disso, empresas como TeraWulf (WULF) e Core Scientific (CORZ) já possuem operações de IA em andamento ou planos de expansão neste setor.

“Esta tendência sugere que a mineração de Bitcoin pode se mover cada vez mais para locais de energia ociosos, enquanto o investimento em IA cresce em locais mais estáveis”, escreveram os autores do relatório, liderados por James Butterfill.

Mineradores trocarão o Bitcoin pela IA

Com o halving do Bitcoin, os mineradores enfrentarão um aumento significativo nos custos, com a eletricidade e os custos gerais de produção quase dobrando.

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A CoinShares aponta que o custo médio de produção de um Bitcoin era de cerca de US$ 29.500 no quarto trimestre. Esse custo pode subir para cerca de US$ 53.000 após o halving. O custo médio de produção de eletricidade também deve aumentar de US$ 16.300 para cerca de US$ 34.900.

As previsões indicam que o hash rate, que representa o poder computacional total usado para extrair e processar transações em uma blockchain de prova de trabalho, pode atingir 700 exahash até 2025. No entanto, espera-se uma queda de 10% após o halving, à medida que os mineradores desligam máquinas não lucrativas. O preço do hash é esperado para cair para US$ 53/ph/dia após o evento.

Além disso, a CoinShares observa que os mineradores de Bitcoin estão gerenciando ativamente seus passivos financeiros. Alguns estão utilizando o excesso de capital para pagar dívidas, mostrando uma adaptação às mudanças econômicas do setor.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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