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Mineradores de Bitcoin deixam o Irã em busca de “paz” no Cazaquistão e Uzbequistão

A tensão entre EUA e Irã pode ter ajudado a impulsionar o preço do Bitcoin segundo alguns analistas observaram que o aumento no preço da principal criptomoeda do mercado começou no dia 03 de janeiro, justamente na data em que os americanos mataram um general iraniano no Iraque. Contudo, se por um lado o fato pode ter elevado o preço do Bitcoin por outro acabou por ser um “alerta” para os mineradores que estavam no País.

Conforme relatou o 8BTC, o país do Oriente Médio estava atraindo mineradores de Bitcoin por conta do preço de sua eletricidade que pode chegar a US$0,006 por quilowatt-hora (para comparação no Brasil o preço pode chegar a US$0,20 por quilowatt-hora), porém a possibilidade de uma guerra entre os países levou os mineradores a perceber que eles podem estar investindo seus recursos em um vulcão perto de explodir.

De fato, os mineradores chinesas já enfrentaram o dilema de deixar ou não este país há vários meses devido a legalização da mineração de criptomoedas em agosto de 2019 que passou a elevar o preço da eletricidade para US$0,05 a US$0,07 kW/h para a atividade de mineração, obrigando alguns mineradores a operar na clandestinidade, porém acabaram sendo severamente punidos pelas autoridades iranianas.

O governo também incentiva as pessoas a denunciar operações ilegais de mineração, dizendo que quem denunciar as pessoas que usam eletricidade subsidiada para mineração de criptomoedas serão recompensado com até 20% dos fundos recuperados da mineradora.

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“Em dezembro, a polícia local apreendeu 12 máquinas de mineração e apenas US$21 em Bitcoin em uma fazenda de gado leiteiro. Cinco mineiros iranianos também foram presos em Teerã. Atualmente, há muito menos iranianos vindo à China para comprar máquinas de mineração”, disse Wang Jianyi, um mineirador chinês que fornece serviços de hospedagem de mineração no Irã.

No final de novembro, o aumento dos preços do petróleo provocou inquietação em partes do Irã. Em uma tentativa de conter a agitação, o governo iraniano restringiu temporariamente o acesso à Internet móvel em várias províncias, o que forçou muitas fazendas de mineração a fechar.

O acesso à Internet na zona de livre comércio do Irã, onde muitos mineradores chineses estão operando, não foi afetado, mas as preocupações permanecem.

“A situação não é boa, estamos todos procurando uma saída”, disse o minerador Sun Bing.

Nesse contexto, segundo aponta Bing, o Irã não é mais o primeiro destino dos mineradores chineses para a mineração de Bitcoin no exterior, seus países vizinhos, o Cazaquistão e o Uzbequistão, são igualmente ricos em eletricidade, enquanto o ambiente político é mais estável por lá.

Leia também: Alta no preço do Bitcoin pode não ter qualquer relação com ataques ao Irã, dizem especialistas

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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