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Mineradores de Bitcoin sofrem em 2020 com desastres e forte concorrência

Apesar do aumento da concorrência, a mineração de criptomoedas registrou um crescimento significativo nos últimos anos. E foi na China onde esse crescimento foi mais evidente.

Isso porque, no país, províncias inteiras foram tomadas por grandes fazendas de mineração, a exemplo de Sichuan, uma província sem litoral, no sudoeste da China.

Na região, há uma combinação de fatores econômicos e geográficos que criaram uma base perfeita para a mineração de Bitcoin.

Bitcoin

Segundo estimativas do portal 8BTC, a maioria das fazendas da região investiu mais de R$ 100 milhões em suas instalações. 

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A razão pela qual tantas fazendas se estabeleceram em Sichuan é a estação chuvosa da região. Já que este fator torna a energia hidrelétrica da província, que já é barata, ainda mais em conta nos meses de primavera e verão.

Portanto, historicamente, essa tem sido uma grande vantagem para os mineradores chineses, que frequentemente respondem por mais da metade do poder total de hash do Bitcoin.

Excedente de instalações

No entanto, o que parecia ser um investimento à prova de falhas, agora provou ser um empreendimento arriscado.

Um aumento no interesse no ano passado levou os investidores a construírem grandes instalações de mineração que planejavam alugar para empresas. E isso provocou um excedente de instalações de mineração na região.

Por isso, alguns relatórios sugerem que, entre 20% e 30% da capacidade total da instalação de mineração nas províncias de Sichuan e Yunnan, permanecerão sem uso durante a estação chuvosa deste ano.

Halving do Bitcoin

Outro fator importante que levou ao aumento repentino de operações de mineração em Sichuan foi o halving.

Muitos esperavam que o preço do Bitcoin disparasse após o evento e estavam preparados para suportar o peso da crescente dificuldade de mineração.

No entanto, como o preço do Bitcoin permaneceu estável após o halving, os mineradores tiveram uma queda significativa na lucratividade.

Dados da Bitinfocharts mostraram que, em média, as mineradoras ganhavam R$ 0,80 por dia por 1 THash/sa  antes do halving.

Porém, quando o evento ocorreu em 10 de maio, a lucratividade da mineração caiu para R$ 0,30 por dia por 1 THash.

Desastres naturais

Além disso, há outros problemas.

Os mineradores, que podem sofrer perdas financeiras devido à concorrência e à dificuldade de mineração, podem ter que enfrentar mais um problema.

Já que os rios que abastecem a eletricidade barata de Sichuan têm tendência de inundar a região.

Prova disto é que centenas de milhares de pessoas e empresas já sofreram com as grandes inundações deste ano – incluindo as instalações de mineração de Bitcoin.

Como a maioria delas é construída nos trechos superiores das áreas montanhosas de Sichuan, muitas não foram diretamente atingidas pelo aumento do nível da água.

No entanto, sofreram com a falta de energia, pois muitas usinas hidrelétricas sucumbiram à pressão da água e pararam de funcionar.

Mesmo após a retirada da água, os mineradores também enfrentam o perigo de deslizamentos de terra.

Os relatórios locais mostram que várias instalações de mineração Bitcoin de tamanho médio e grande foram destruídas em deslizamentos de terra no início de junho.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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