Economia

Mineradora Filecoin é acusada de montar pirâmide de R$ 400 milhões

A empresa de mineração chinesa Filecoin está sendo acusada de orquestrar um esquema de pirâmide financeira que teria desviado US$ 83,3 milhões, ou seja, mais de R$ 400 milhões na cotação atual.

De acordo com uma publicação local, o tribunal local no condado de Pingnan, na região autônoma de Guangxi, iniciou o julgamento da Shenzhen Shikongyun Technology e seus quatro executivos, incluindo o fundador de sobrenome Lai. O grupo é suspeito de organizar e liderar atividades de esquema de pirâmide.

Conforme alegaram os promotores, os réus teriam aliciado clientes oferecendo o serviço de mineração do token nativo FIL na plataforma da empresa. Para participarem da atividade, as pessoal deviam pagar taxas pela compra ou aluguel dos equipamentos de mineração.

“Com a sedução de retornos substanciais, eles atraíram mais participação e enganaram os indivíduos para obter bens, perturbando a ordem econômica e social”, disseram os promotores no post.

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Filecoin na mira das autoridades

Ainda segundo a publicação, a empresa e seus executivos criaram as plataformas filpool.io e bpool.io. Além disso, desenvolveram um site om o nome de domínio ipfs.cn para promover seus serviços. As autoridades descobriram o caso em maio de 2022. Na ocasião, as plataformas já contavam com dezenas de milhares de usuários.

De acordo com o levantamento das autoridades, as plataformas já tinham obtido mais de 606,95 milhões de yuans (R$ 400 milhões) por meio dos sites filpool.io e bpool.io.

Um ex-funcionário da Shenzhen Shikongyun disse ao The Block que a empresa estava ciente dos riscos de operar no continente chinês. Ainda assim, a Filecoin planejava expandir os seus serviços para o exterior antes de os executivos serem presos e levados sob custódia no ano passado.

O token nativo FIL sofreu pouco após a divulgação da notícia da acusação. Nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko, o criptoativo da Filecoin recuou 1,6%. No momento da redação desta matéria, a moeda digital está custando cerca de US$ 4.

Vale destacar que a China proibiu todas as transações de criptomoedas, incluindo mineração, em setembro de 2021. Enquanto isso, a sua vizinha Hong Kong está desenvolvendo ativamente os setores de criptomoedas e Web3.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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