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Mineração de Ethereum foi controlada por dois pools em 2020

Um dos principais argumentos dos entusiastas de Ethereum era de que seu processo de mineração seria mais descentralizado que o do Bitcoin.

Assim, ao permitir a mineração em GPU, o ETH teria inúmeras vantagens na descentralização quando comparado ao BTC.

Contudo, um novo estudo da ConsenSys mostrou que os mineradores podem estar descentralizados, mas os pools não.

Isso porque, Ethermine e Sparkpoo conseguiram concentrar 50% do hash rate da rede no primeiro semestre de 2020.

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Consensys

De acordo com o relatório intitulado The Ethereum Proof of Work, embora 90% dos blocos Ethereum tenham sido processados ​​por um total de 56 pools de mineração até agora, apenas oito grupos selecionados estão influenciando a rede.

Dentre eles destacam-se Sparkpool e Ethermine, que acumularam mais de 49% do poder de processamento da Ethereum. Desta forma, dominando as atividades de mineração.
Os outros pools que se destacam por sua presença são o F2pool, com 8,7% do hash rate, seguido por Zhizhu, que tem 7,7%, e Nanopool, que processa 6,1%. Uupool, Hiveon e um grupo não identificado completam o modelo dos pools que confirmam o maior número de blocos na blockchain Ethereum.

A ConsenSys observa com preocupação que a Sparkpool e a Ethermine conseguiram dominar gradualmente o Ethereum. Essa tendência ascendente começou a ser registrada em 2018 e se materializou no início de 2020.

Ameaça à descentralização do Ethereum

Esta é a segunda vez na história do Ethereum que dois grupos de mineração conseguiram acumular a maior porção de hash rate.

A primeira vez que aconteceu foi em 2017, quando o Ethermine e o F2pool representaram 60% da taxa de hash.

Além disso, a atual distribuição do hash rate Ethereum indica que há cada vez menos concorrência na rede. Por isso, os grandes concorrentes conseguem centralizar seu poder.

No entanto, isso enfraquece a segurança da blockchain e expõe a rede a possíveis ataques em 51%, Neste ataque um ator ou vários se coordenam para fazer o dobro do gasto com moedas, alterar o histórico de transações ou aprovar blocos que não cumprem as regras de consenso.

Embora em redes como Ethereum, com um grande número de pools envolvidos na mineração, esse tipo de ataque seja muito caro e complexo, ele não é impossível se uma ou mais entidades maliciosas atingirem o domínio desejado.

Com isso, eles conseguem acumular mais de 51% da capacidade de processamento de toda a rede, um número muito próximo de atingir Ethermine e Sparkpool.

Segurança

No entanto, a ConsenSys assegura em seu relatório que a implementação de um novo algoritmo de Proof of Stake (PoS) poderia melhorar a descentralização do Ethereum “significativamente”.

Desta forma, eles esperam que o aguardado lançamento do Ethereum 2.0 colabore para erradicar esse problema no ecossistema de mineração. Já que a nova versão migrará do algoritmo atual Proof of Work (PoW) para um modelo de PoS.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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