Por conta do boom dos ecossistemas de finanças descentralizadas (DeFi), minerar Ethereum tem sido muito mais lucrativo do que minerar Bitcoin em 2020.
Isso porque, enquanto os mineradores de ETH arrecadaram mais de R$ 1,7 bilhão somente neste ano, os do BTC levantaram menos da metade deste valor, cerca de R$ 750 milhões.
Além da DeFi, a adoção do Tether (USDT) por várias exchanges também ajudou a impulsionar a alta.
Além disso, a proliferação de aplicativos baseados em Ethereum trouxeram um tráfego sem precedentes para esta rede. Ao mesmo tempo, aumentando os lucros para os mineradores.
Essa diferente entre os lucros de mineração de ETH e de BTC começou a se acentuar em 13 de agosto. Na ocasião, os mineradores de Ethereum começaram a acumular mais valor com as taxas.
Assim, durante a alta de seis dias – de 18 a 23 de setembro -, os ganhos de comissão da rede chegaram a mais de 18.000 ETH por dia.
Por outro lado, a rede Bitcoin gerou ganhos de cerca de 100 BTC durante as duas semanas mais movimentadas de maio. Os picos foram de 200 BTC por dia.
Em 7 de setembro, os mineradores da Ethereum obtiveram mais de 25.000 ETH de taxas de transação. Trata-se de um valor recorde e milionário.
No mesmo período de nove meses de 2019, as comissões da Ethereum geraram apenas cerca de R$ 190 milhões. Portanto, dez vezes menos do que neste ano.
Esses períodos de alta demanda para liquidar transações na blockchain Ethereum coincidem com o surgimento de novas plataformas.
Compound e Uniswap, por exemplo, lançaram tokens de governança com os quais os usuários realizam a chamada “agricultura de rendimento” para gerar retornos.
Consequentemente, com a alta no uso do Ethereum, alguns desenvolvedores começaram a debater sobre a possibilidade de aumentar o tamanho do bloco ou o limite de GAS na rede.
O objetivo é equilibrar as comissões e gerar taxas mais baixas para os usuários.
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