MicroStrategy quer comprar mais de R$ 2 bilhões em Bitcoin

A MicroStrategy pretende reforçar mais uma vez suas reservas de Bitcoin (BTC). Para isso, a empresa de Michael Saylor anunciou que emitirá US$ 400 milhões em títulos de dívidas. O valor equivale a mais de R$ 2 bilhões.

De acordo com o anúncio, os títulos serão destinados para investidores qualificados e terão vencimento em 2028. Contudo, é possível o resgate antecipado pela empresa ou pelos compradores.

Primeira empresa a atingir 100 mil BTC em caixa

Embora a intenção da MicroStrategy seja captar US$ 400 bilhões, o montante dependerá das condições do mercado. A empresa oferecerá seu endividamento e parte dos seus ativos como garantia da dívida.

Ao contrário das captações anteriores, a MicroStrategy revelou poucos detalhes a respeito dessa oferta de títulos. Caso os títulos sejam totalmente vendidos, a captação pode resultar na compra de mais de 11,1 mil BTC na cotação atual de US$ 36.700.

Como resultado, a reserva total de Bitcoins da MicroStrategy totalizaria cerca de 103 mil BTC. Atualmente, a empresa possui 92.079 BTC sob custódia, mais do que qualquer outra companhia listada em bolsa.

Michael Saylor defende BTC em evento

Curiosamente, o anúncio da MicroStrategy veio pouco mais de 48 horas após a palestra de Saylor na Bitcoin Conference em Miami. Considerado “o maior evento sobre Bitcoin da história”, a conferência reuniu grandes nomes da indústria das criptomoedas.

Durante sua apresentação, Saylor teceu ainda mais elogios à criptomoeda do que de costume. O CEO da MicroStrategy também destacou o forte resultado financeiro trazido pelo BTC às operações da empresa.

“Dizemos que Bitcoin é esperança, Bitcoin conserta tudo. Esse certamente foi o caso com a nossa ação. Ele imbuiu vida na empresa, o moral aumentou drasticamente. Acabamos de ter o melhor primeiro trimestre em uma década”, destacou Saylor.

As ações da MicroStrategy tiveram um forte pico, sobretudo desde que iniciaram-se as compras de BTC. Mesmo com a forte correção este ano, as ações já acumulam uma alta de quatro vezes desde a primeira compra, realizada em agosto de 2020.

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