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Microsoft lança aplicação corporativa que utiliza Ethereum e não requer mineração

Se a mineração é, muitas vezes, um problema devido às taxas e ao congestionamento da rede, então, vamos eliminá-la. Se por um lado, isso possa parecer absurdo aos defensores mais extremistas da tecnologia blockchain, por outro lado, não é para a Microsoft.

Recentemente, a empresa de tecnologia anunciou o lançamento de um novo produto Blockchain as a Service (BaaS) voltado ao setor corporativo, que permite a implantação de uma instância flexível do Ethereum adaptado especificamente para ambientes empresariais.

Por meio da aplicação Ethereum Proof-of-Authority, disponível dentro do ambiente do Microsoft Azure, os usuários poderão criar aplicações utilizando a blockchain do Ethereum, sem contudo executar o algoritmo de consenso de Proof-of-Work (PoW) e, conseqüentemente, eliminando o processo de mineração.

O PoW “funciona muito bem em redes abertas e anônimas, nas quais a criptomoeda promove a segurança na rede”, disse o engenheiro de software da Azure Global, Cody Born. “No entanto, em redes privadas/consórcio, o Ether subjacente não tem valor”. Born explicou que, como todos os participantes de uma rede blockchain corporativa são conhecidos e respeitados, a governança pode ser separada da operação da rede.

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Como colocado anteriormente, a aplicação da Microsoft utiliza um mecanismo chamado “Proof-of-Authority” (PoA), que é, na verdade, um DApp intitulado “DApp de Governança” e, por meio dele, todos os membros do consórcio possuem autoridade para governar a rede ou delegar seu poder de voto a outros. Os participantes da rede também podem delegar outros nós para votar em seu nome, no caso de seus nós primários ficarem offline, garantindo que todos os membros mantenham uma participação consensual contínua.

Os administradores de rede, por sua vez, podem usar a votação em cadeia para alterar as autoridades de rede de maneira transparente e auditável. Assim, como as outras aplicações disponíveis no Azure, os clientes podem implantar e desenvolver suas soluções utilizando este novo tipo de consenso em menos de cinco minutos.

Para aumentar ainda mais a usabilidade do produto, a Microsoft integrou suporte para contratos inteligentes construídos usando o kit de ferramentas WebAssembly (Wasm) da Parity, permitindo aos desenvolvedores escrever contratos inteligentes em linguagens de programação familiares como C, C ++ e Rust, em vez de aprender Solidity, principal linguagem de programação do Ethereum.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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