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Meu Pé de Bitcoin acumula queixas no Reclame Aqui

O Meu Pé de Bitcoin, empresa de maior engajamento social da América do Sul em outubro de 2020, acumula queixas de clientes no Reclame Aqui.

Os investidores acusam a empresa de atrasar o pagamento dos rendimentos prometidos. Além disso, alegam que não conseguem receber os aportes de volta ao decidir cancelar o investimento.

Meu Pé de Bitcoin

O Meu Pé de Bitcoin afirma estar no mercado de criptomoedas desde 2017. A empresa informa que realiza “operações com criptomoedas através de trade”.

A promessa da empresa com sede em Caruaru, Pernambuco, é de um retorno de 10% ao mês sobre o investimento.

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Para captar clientes, a empresa conta com os chamados “potencializadores Cripto Trade”. Segundo Meu Pé de Bitcoin, seu objetivo é:

“Formar, por meio da vivência empresarial, empreendedores comprometidos e capazes de ajudar os clientes. Como nosso segmento é inovador e de alta rentabilidade, conseguimos impactar a sociedade de forma a ajudar pessoas comuns, micro e pequenas empresas a crescerem seus posicionamentos nas redes sociais e aumentar seu lucro com rendimentos em Criptomoedas”.

Aos potencializadores, a empresa promete um salário de R$ 1.000 com comissões, podendo superar R$ 5.000 por mês.

Engajamentos dos profissionais

No mês de outubro, o Meu Pé de Bitcoin ficou em primeiro lugar no ranking de empresas sul-americanas cujos profissionais foram os mais socialmente ativos.

Essa lista é elaborada mensalmente pela DSMN8, empresa britânica que capacita funcionários para se tornarem influenciadores.

O ranking da DSMN aponta que Meu Pé de Bitcoin possui 383 funcionários no LinkedIn. Sendo que 71,8% deles são socialmente ativos. Ou seja, atuam como influenciadores da empresa.

Reclamações

No entanto, esse engajamento pode estar levando diversas pessoas a investirem na empresa que, ao que parece, não está honrando seus compromissos com investidores.

Um cliente da empresa, por exemplo, disse no Reclame Aqui:

“Aconselho a todos que forem procurarem uma empresa para fazerem investimento em criptomoedas no mercado financeiro, não procurar essa empresa, visto que é só dor de cabeça. Não indico a ninguém.”

Outro cliente disse que teve contato em abril com duas pessoas do Meu Pé de Bitcoin, o coordenador de publicidade e um potencializador cripto. Eles ofereceram um retorno de 10% ao mês sobre um investimento no “mercado de bitcoins”.

“Aí que começou o aperreio ATRASOS que na verdade só foram pagos UMA em uns dos contratos. Mentiras, enganação. Atualmente faz mais de 3 meses de atrasos. UM DOS MEUS APORTES FOI 5.000 O OUTRO FOI 500,00. Desde maio até agora só recebi 635,00. Não estão querendo devolver meu dinheiro”, afirmou.

Há quatro dias, um outro investidor fez uma reclamação alegando que a empresa não paga os rendimentos .

Segundo ele, Meu Pé de Bitcoin “toda hora inventa uma desculpa” para os atrasos. A empresa firma, por exemplo, que teve problemas com limite da TED ou com “movimentação da moeda”.

“É muita falta de respeito com cliente, não recomendo a ninguém”, reclamou.

Proposta tentadora

Outro investidor que reclama de atrasos nos repasses reconhece que “a proposta inicial da empresa é tentadora”. Entretanto, os frequentes atrasos fazem com que o sócio desconfie da legitimidade do negócio:

“Estou com 22 dias de atraso no pagamento. A empresa pediu para que fosse congelado os repasses dos meses de julho e agosto de 2020, na promessa de que solucionaria os problemas referente a pontualidade dos repasses. No entanto sem êxito. Meu pé de Bitcoin solicitou a abertura de uma carteira externa para agilizar os trâmites financeiros. Segui as orientações da mesma, mas continua constando no app meu pé de Bitcoin pay como pendente. Enquanto na carteira externa não consta registro algum relacionado a transação financeira”, contou.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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