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Alexander Grigorev, arquiteto e artista NFT, criador do primeiro resort NFT expressou sua opinião sobre o futuro do Meta
Mesmo antes da apresentação do Meta, o mercado NFT não era apenas objetos de arte digital. Havia também cartões colecionáveis NFT, roupas virtuais, música e muito mais. No entanto, antes da apresentação do Meta, tudo isso eram apenas ideias e os críticos diziam que não há futuro real porque tudo isso não pode ser usado na vida “real”.
Metaverses (e em particular Meta) fornece uma infraestrutura para todos os tipos de objetos virtuais. Haverá galerias de arte virtuais, espaços domésticos virtuais, escritórios, salas de reuniões, etc. Os avatares usarão roupas e joias virtuais.
Não podemos mais chamar essa realidade de virtual, mas sim a realidade da virtualidade. O mundo virtual não é inexistente, é real, como a mensagem do seu amigo na tela do seu celular. Mesmo sem uma incorporação física, ele existe porque o significado desta mensagem é importante para você. O mesmo com sua conta do Instagram – já é uma espécie de seu avatar.
Metarealidade não substitui o mundo físico, mas abre uma dimensão adicional de nossa vida. Como antes, o surgimento da TV não substituiu o teatro ou os livros, mas simplesmente tornou a vida mais diversificada e ampla. Como você prefere assistir futebol na TV do que ler sobre isso, você prefere uma sala de reuniões virtual ao invés do chat. O design de espaços e itens virtuais será tão importante quanto no mundo físico, pois definirá a qualidade de nossa vida.
Em um futuro próximo, o valor dos objetos intangíveis aumentará muitas vezes. Acho que, para muitas pessoas, possuir avatares digitais, imóveis, carros e obras de arte será mais importante do que possuir objetos físicos.
Já hoje, os imóveis da NFT estão sendo vendidos por uma quantia impressionante de dinheiro, por exemplo, a Mars House (0,5 milhões de dólares).
Algumas semanas antes da apresentação do Meta, criamos nosso próprio resort NFT no coração do oceano – 5 vilas virtuais em ilhas desabitadas (Eternal Ocean Resort). Estava um pouco adiantado. Mas estou feliz que minha equipe se tornou um dos primeiros escritórios de arquitetura da NFT, com foco em um conceito completamente novo de bens imóveis digitais.
Do ponto de vista social, haverá menos barreiras psicológicas, sociais e financeiras entre as pessoas nos metaversos. Todos poderão encontrar um clube de interesses ou pessoas com interesses semelhantes. A ideia de luxo, qualidade, elitismo será muito transformada em favor de visões mais humanísticas e abertas. As pessoas terão a oportunidade de ser quem elas desejam, criar sua própria identidade, se cercar de suas coisas favoritas, comprar, colecionar e vender objetos de arte.
A importância da viagem física diminuirá. Especialmente a logística de rotina (como mudança para o trabalho e de volta para casa) será bastante reduzida. Durante a pandemia, muitas pessoas perceberam que trabalhar remotamente pode ser mais eficaz e confortável. A Metarealidade tornará este trabalho ainda mais eficaz.
Do ponto de vista ambiental, possuir um NFT causa menos danos ao meio ambiente. Ter carros virtuais é muito mais ecológico, mas o status e a sensação de possuir podem ser semelhantes.
Estou muito feliz que Mark esteja apostando nos criadores. Pessoas que preencherão o Metaverso com eventos e itens interessantes, não apenas se expressando, mas terão a oportunidade de ganhar dinheiro e se concentrar totalmente em seu processo criativo.
Isso é mais humanístico e produtivo do que apostar na “inteligência artificial” como alternativa aos humanos. Vejo a inteligência artificial como uma ferramenta e assistente para otimizar funções de rotina e trabalhar com big data, mas não o criador.
As interfaces – ferramentas técnicas que fornecem interação física com a realidade virtual – devem se tornar um grande componente do sucesso dos metaversos. Começando com óculos básicos e terminando com sistemas mais complexos que determinam a posição de todo o corpo no espaço.
Claro, existem riscos no metaverso. Provavelmente encontraremos casos de vícios (semelhantes ao vício do jogo). Roubos de itens caros e objetos de arte (o que já aconteceu com Bored Ape), apagões, desligamento de serviços em alguns países, etc.
Uma ameaça separada e específica é a monopolização de universos por desenvolvedores que têm grandes perspectivas de manter o controle e forçar processos e tendências preferíveis na metarealidade, porque já está claro que tanto a demanda quanto o volume de transações no metaverso serão enormes.
Em nosso estúdio, pretendemos focar totalmente no desenvolvimento de itens para universos virtuais. Além de arquitetura e escultura, em breve apresentaremos móveis e joias virtuais
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