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Mesmo rastreados, tokens roubados da Coincheck foram trocados

Segundo informações do portal NHK World, mesmo com todos os tokens marcados, os hackers que atacaram a exchange japonesa Coinchek obtiveram êxito na troca das moedas. O roubo da exchange, ocorrido em janeiro, foi o maior da história em volume financeiro, cerca de US$530 milhões foram roubados. A Coinchek já iniciou a devolução aos clientes e deve retomar todas as atividades em breve.

Os hackers, segundo os especialistas, realizam diversas negociações utilizando a Deep Web e com isso os tokens foram migrando para diferentes contas. Não está claro se isso foi um movimento para dificultar o rastreamento ou se as contas que receberam os tokens roubados já pertenciam aos comerciantes “finais”.

A Fundação NEM, sediada em Cingapura, acompanhava as transferências para evitar que as moedas roubadas fossem convertidas em outras moedas virtuais ou em moedas fiduciárias através de exchanges, entretanto, ela foi incapaz de parar as transações dos hacker. No domingo, 18 de março, a fundação anunciou o fim do rastreamento dos tokens acelerando ainda mais o movimento de “lavagem do dinheiro”roubado.

Em fevereiro, a polícia japonesa identificou supostamente duas pessoas responsáveis pelo hack na exchange. Segundo relatos do jornal local Nikkei, no primeiro caso, o hacker buscava trocar os fundos por Bitcoin oferecendo 15% de desconto na aquisição, já no segundo a troca foi feita por Litecoin onde o dono das moedas NEM afirmou para a polícia que estava ciente que as moedas em sua posse eram roubadas. Na época a polícia não informou se os suspeitos foram presos ou a real participação deles no hack.

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Atualmente, registros das transações online mostram que o saldo da conta que se acredita ser a utilizada pelos hackers é zero, ou seja, todos os fundos foram transferidos para outras contas. Os especialistas ouvidos pela NHK disseram que as moedas NEM roubadas podem ter sido transferidas para bolsas no Japão, no Canadá e na China, e que a maioria delas já pode ter sido convertida em outras criptomoedas ou em moeda fiduciária. Segundo eles, realizar um rastreamento de todos os tokens, 2 meses após o roubo, é praticamente impossível, ainda mais agora que a Fundação NEM cessou seu acompanhamento.

De acordo com um novo relatório anual da Agência Nacional de Polícia do Japão, mais de US$6 milhões em criptomoedas foram perdidas para hacks e fraudes em 2017 no Japão, isso sem incluir o hack Coincheck de US$ 530 milhões.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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