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Mesmo em recuperação judicial, BlockFi entra na disputa pelas ações da Robinhood

Após a FTX, a BlockFi também pediu o controle sobre ações da corretora Robinhood em posse de Sam Bankman-Fried (SBF). O pedido, de acordo com o Wall Street Journal (WSJ), causou um impasse que o juiz de falências responsável pelo caso deve resolver com neutralidade.

O juiz Michael Kaplan, que supervisiona o caso de recuperação judicial da BlockFi, vai decidir o que fazer com as ações em janeiro. Mas a tendência é que Kaplan decida colocar as ações em um custodiante neutro até que haja uma decisão final.

De fato, a BlockFi realizou justamente esse pedido, que envolve colocar as 56 milhões de ações da Robinhood em um corretor neutro ou conta caução até o tribunal determinar quem é proprietário legítimo.

Trio disputa posse das ações

Atualmente, as ações da Robinhood são de propriedade da Emergent Fidelity Technologies e tem a custódia da Marex Capital Markets. No entanto, a Emergent está sob controle de SBF, que detém 90% do capital da empresa.

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Por isso, tanto a FTX quanto a BlockFi teme que a Emergent possa liquidar as ações em benefício do ex-CEO da FTX. Daí o pedido para que o tribunal e o juiz Kaplan decidam pela transferência para outro custodiante que não tenha a influência de nenhuma das partes.

Durante uma audiência em 28 de dezembro, o advogado da Marex disse que a empresa continuaria com a posse das ações. A Marex pode transferir os ativos para outra conta, mas isso só ocorreria mediante uma ordem judicial.

Em sua declaração juramentada, SBF confessou que ele e Gary Wang, cofundador da FTX, pagaram US$ 546 milhões nas ações da empresa. Para isso, tomaram emprestado o valor da Alameda Research, empresa-irmão da FTX, no início deste ano.

Com o dinheiro, Wang e SBF abriram uma empresa que ex-CEO da FTX controlava para comprar uma participação de 7,6% na Robinhood. Mas a dupla teria utilizado fundos dos clientes da FTX para custear a operação, o que constitui uma das principais acusações da promotoria contra SBF.

O juiz Kaplan disse que vai marcar para 9 de janeiro a decisão se as ações da Robinhood devem ser entregues a um corretor neutro sob a jurisdição dos Estados Unidos. Em seguida, o juiz vai considerar as questões sobre quem possui as ações da Robinhood, depois que os advogados tivessem mais tempo para analisar as reivindicações de todas as partes.

“Essas ações devem ser protegidas agora”, disse o advogado da BlockFi, Richard Anigian. As ações da Robinhood perderam quase 40% desde o início de novembro, quando surgiram os problemas da FTX.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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