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Mesmo com correções, Bitcoin supera valorização dos índices de bolsas de valores desde 2017

Uma tendência da maioria dos analistas de Wall Street e da Faria Lima é criticar as desvalorizações de curto prazo do Bitcoin (BTC), sobretudo em momentos de bear market. É nessa hora que frases como “o Bitcoin acabou” ganham repercussão nas redes sociais, especialmente no Twitter.

Ironicamente, tais analistas pegam apenas as datas que lhes convém para as críticas. Ou seja, analisam o preço do BTC em uma janela de prazo muito curta na qual o gráfico lhes dá razão. E sim, de fato o preço do BTC acumula uma valorização superior a 70% somente nos últimos 12 meses.

Contudo, em um horizonte de tempo de médio prazo, a criptomoeda ainda é o melhor investimento do mercado. Nesse sentido, o BTC acumula uma valorização superior a 600% desde 2017, superando de longe os índices de ações mais indicados pelos seus detratores.

“O Bitcoin acabou”

Recentemente, recentemente o analista e fundador da Suno Research Tiago Reis voltou a falar sobre o momento de queda do BTC. Primeiro, em resposta a um tuíte escrito pelo investidor e economista Charles Mendlowicz, Reis afirmou: “Bitcoin acabou”.

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Fonte: Tiago Reis/Twitter.

Em seguida, o próprio fundador da Suno escreveu um tuíte onde ironizava a desvalorização da criptomoeda. “Bitcoin é o único investimento que as pessoas perdem 80% e ainda aplaudem. Isso se chama síndrome de Estocolmo”, disse.

Fonte: Tiago Reis/Twitter.

No entanto, existe um erro e uma meia verdade nas duas mensagens de Reis. O erro, naturalmente, está no primeiro tuíte, já que o BTC não acabou. Pelo contrário, a rede continua ativa, transferindo valor e com cada vez mais poder computacional.

Recentemente, o hash rate do BTC atingiu 249 exahashes por segundo (EH/s) e quebrou um novo recorde. Ou seja, a rede segue cada vez mais forte e longe de acabar.

Perdas ou ganhos exponenciais?

Já a meia verdade está no fato de que os “investidores de Bitcoin perderam 80%. Sim, isso é verdade para quem entrou em novembro de 2021, quando a criptomoeda atingiu o auge do seu preço. Quem fez isso provavelmente teve um forte prejuízo, especialmente se vendeu nas mínimas de 2022.

No entanto, esta análise descarta um fator pelo qual o próprio Reis tem muito apreço em seu trabalho: o longo prazo. E no médio/longo prazo, o BTC supera a valorização de qualquer ativo do mercado tradicional.

Em outro tuíte, o próprio Reis compartilhou a rentabilidade da carteira de ativos recomendados pela Suno desde a sua criação. A carteira, que data de abril de 2017 de acordo com a foto publicada pelo analista, registrou uma valorização de 523% até o mês de maio de 2022.

Enquanto isso, o BTC registrou 617% de alta, superando os ativos indicados pela Suno – que de fato apresentam performance acima da média do mercado. Já em comparação com os índices de ações, o BTC ganha de lavada do Ibovespa, Nasdaq 100 e até do poderoso S&P 500.

Valorização do BTC comparada com índices de ações. Fonte: TradingView.

Cabe frisar que essa valorização diz respeito apenas ao preço em si e não leva em conta eventuais distribuições de dividendos feitas pelas ações. Afinal, como o BTC não possui fluxo de caixa, não faria sentido incluir esse dado na análise.

Portanto, ainda que o ano de 2022 já esteja na história como um dos mais difíceis para as criptomoedas, a história mostra que a tendência da classe é se recuperar no longo prazo. Rentabilidade passada não seja garantia de rentabilidade futura, mas o histórico de longo prazo conta a favor do BTC.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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