Segurança

Mercado recuperou 25% dos US$ 2,6 bilhões roubados em hacks de criptomoedas em 2023

O ano de 2023 foi marcado por mais uma série de hacks bilionários no mundo das criptomoedas. No entanto, o montante de fundos roubados recuperados traz uma perspectiva um pouco mais otimista para os participantes do mercado.

De acordo com a empresa de segurança com foco em blockchain PeckShield, 2023 registrou um total de US$ 2,61 bilhões em perdas resultantes de mais de 600 grandes hacks de criptomoedas. Deste valor, US$ 674,9 milhões foram recuperados. Ou seja, algo em torno de 25% do total que os ataques hackers drenaram.

Além disso, a PeckShield também observou que os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) continuaram sendo os principais alvos dos hackers. Essas plataformas responderam por 67% dos roubos do ano passada, com 40% dos ataques envolvendo empréstimos instantâneos (Flash loan).

Flash loan é um recurso que permite o empréstimo de uma grande quantidade de criptomoeda sem garantia. Mas isso apenas se o usuário devolver esses fundos na mesma transação. A atividade, em si, não é ilegal, pois é destinada à negociação de arbitragem e à melhoria da eficiência do capital. No entanto, os hackers abusam regularmente do flash loan para explorar certas vulnerabilidades em protocolos cripto.

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Recuperação de ativos de hacks

O fato de que 25% do valor roubado nos principais hacks monitorados no ano sugere que os esforços para mitigar os danos desses eventos não foram totalmente em vão.

As plataformas DeFi geralmente trabalham com exchanges centralizadas e emissores de stablecoins para congelar todos os endereços de carteira associados ao ator malicioso. Em alguns casos, as equipes por trás dessas plataformas também entram em contato com agências de aplicação da lei e até mesmo com os próprios hackers, tentando negociar a devolução dos fundos.

Mais recentemente, a exchange de criptomoedas Poloniex rastreou a identidade do hacker que roubou US$ 120 milhões. O acionista majoritário da Poloniex, Justin Sun, enviou mensagens de blockchain para as carteiras do hacker, oferecendo uma recompensa de “chapéu branco” de US$ 10 milhões em troca dos fundos.

Neste caso, o hacker não respondeu às exigências, mas a Poloniex conseguiu congelar parte dos fundos associados ao endereço do hacker, mitigando o total perdido em certa medida.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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