Mercado de Bitcoin é mais fácil de manipular agora do que em 2017

Investidores com grandes quantias de Bitcoin (BTC) podem manipular o mercado, seja para o bem ou para o mal. Nesse sentido, uma pesquisa da Glassnode revelou que são necessários menos BTC agora para influenciar o mercado.

A empresa identificou, em uma análise recente, uma mudança de padrão entre o preço do BTC no ciclo atual em comparação com o ciclo de 2017. Como resultado, as baleias necessitam de menos capital para conseguir movimentar os preços do mercado.

Fases de preço

Em primeiro lugar, o estudo identificou que há uma geração diferente de baleias no ciclo atual. Os novos investidores possuem como principal diferença o comportamento nas fases de acumulação e distribuição. Antes, porém, é preciso explicar o que são cada uma dessas fases:

  • Acumulação: fase na qual os investidores compram BTC a um preço bastante descontado. Geralmente ocorre em momentos de medo, incerteza e dúvida (FUD), nos quais os recém-chegados vendem desesperadamente;
  • Distribuição: é a fase inversa, onde predominam a euforia e excesso de otimismo. Nesse ínterim, grandes investidores vendem na alta em busca de recomprar após a correção.

No ciclo de alta em 2017, os investidores seguiram padrões de acumulação e distribuição usando entre 15 e 35% da oferta de BTC circulantes na época. Este movimento foi dividido em três ondas de cada fase, conforme apresenta o gráfico abaixo.

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No entanto, o ciclo atual é diferente, visto que não mais que 5% de toda a oferta é utilizada para movimentar o mercado. Além disso, o percentual foi o mesmo nas duas ondas, ao contrário do aumento progressivo de 2017.

Outra característica é a resiliência dos atuais holders, que estão mantendo cerca de 30% dos BTC consigo. Esse movimento ocorreu apesar da correção de quase 50% no preço da criptomoeda desde a sua máxima histórica.

Por outro lado, este perfil é confirmado através do gráfico de Faixa Etária do Gasto de Saída, métrica que mostra qual porcentagem das moedas totais foram mantidas por um intervalo de tempo especificado. O gráfico abaixo expressa os percentuais entre um e três meses.

Mudança no perfil dos investidores

Quando há um pico nas métricas do gráfico acima, significa que esses BTCs sofreram mais transferências do que o habitual. No entanto, a atividade das baleias diminuiu significativamente este ano em relação a 2017.

Mas o que pode explicar este movimento? Existem duas razões possíveis. Primeiramente, houve, de fato, uma mudança no perfil das baleias, que em 2017 eram basicamente investidores que fizeram dinheiro com criptomoedas.

Atualmente, existem investidores institucionais vindos de mercados tradicionais, cujo horizonte de prazo para um investimento é muito maior. Portanto, tendem a ser investidores com menor propensão a vender na primeira desvalorização.

Em segundo lugar, o próprio mercado de criptomoedas ganhou novos instrumentos de negociação, como os mercados futuros e as stablecoins. Esses instrumentos permitem a realização de operações via alavancagem. Ou seja, os investidores aplicam um grande capital sem precisar vender uma grande quantidade de BTCs.

Logo, o pouco valor movimentado provavelmente é oriundo dessas garantias, enquanto a maior parte do capital está seguro e protegido. De fato, os investidores institucionais geralmente investem em BTC via futuros (como os da CME) ou por fundos regulamentados (como a Grayscale).

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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