Mercado brasileiro de criptomoedas será regulamentado em três meses

O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou que o texto que irá regulamentar o uso de criptomoedas no Brasil ficará pronto em três meses. Segundo ele, a criptoeconomia é importante, mas não pode ser usada em golpes como pirâmides financeiras.

Conforme noticiou a Folha de S. Paulo no domingo (30), Ribeiro defendeu a regulação de moedas digitais durante uma comissão na Câmara dos Deputados realizada na última semana.

Para Ribeiro, o estabelecimento de normas para o mercado de criptoativos será importante para diferenciar o uso legal dos ativos digitais do uso ilícito.

Nesse sentido, ele acredita que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) se faz necessária para investigar esquemas de pirâmides com criptomoedas:

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“Temos que separar o joio do trigo, a criptoeconomia é importante, mas não pode ser usada em golpes”, diz ele.

Regulação das exchanges de criptomoedas

Quem também defende que o setor seja regulado no Brasil é Thiago Bueno, membro do MPF. “O Estado tem de saber quais as movimentações com criptoativos estão ocorrendo,” disse ele à reportagem.

Durante uma audiência pública realizada em 26 de maio para debater indícios de pirâmide nas empresas Atlas Quantum e Investimento Bitcoin, Bueno ressaltou a importância de regular, principalmente, as exchanges.

De acordo com Bueno, a mesma regulação aplicada aos bancos e instituições financeira devem ser estendidas às plataformas:

“As medidas sugeridas pelo GAFI/FATF [Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo] são de extensão das obrigações que outros atores do sistema bancário financeiro têm de controle e acompanhamento das operações à unidade de inteligência fiscal de cada país, que essas obrigações sejam estendidas também à exchanges.”

O representante do MPF disse ainda que, na prática, o que acontece é lavagem do dinheiro do narcotráfico com criptoativos.

Vale destacar que, no Brasil, as transações com criptomoedas já são fiscalizadas pela Instrução Normativa nº 1.888/2019. Essa norma obriga as plataformas que negociam moedas digitais a declararem suas movimentações.

Bacen: regulação é irrelevante

Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não vê a regulação do mercado como essencial.

Na verdade, o chefe da autoridade monetária afirmou recentemente que as discussões sobre a regulação de criptomoedas são irrelevantes.

Segundo ele, os ativos digitais em si não são importantes, o que importa é o “network” envolvido. Ou seja, o desenvolvimento dos protocolos nos quais cada criptoativo se baseia.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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