Categorias Notícias

Mercado Bitcoin processa bancos por conduta anticompetitiva

O Mercado Bitcoin, a maior exchange brasileira, abriu uma representação junto ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) contra grandes bancos do país alegando conduta anticompetitiva.

Na representação, juntada no dia 30 de julho, a corretora pede que o CADE abra um processo administrativo contra Itaú, Santander, Caixa, Siccob e Caixa Econômica Federal.

Segundo o Mercado Bitcoin, o fechamento em massa das contas de exchanges por parte dessas instituições pode prejudicar sua atividade empresarial. E, ao mesmo tempo, impede a concorrência no mercado.

Além disso, a ação dos bancos pode até mesmo indicar formação de cartel. No entanto, essa alegação vai depender se há provas que apontem para “a efetiva coordenação entre eles”.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

“A unicidade de condutas adotadas pelos bancos principais, e sua difusão para os agentes menores, indicativo de paralelismo de atuação no setor bancário — já observado em investigações de outras condutas — , pode significar o total fechamento de mercado para o setor de criptoativos”, diz o texto.

Importância das criptomoedas

O Mercado Bitcoin também explica no processo que as criptomoedas, além de serem uma opção de investimento, oferecem um meio alternativo para realização de pagamentos e transferências.

Desta forma, o serviço é uma inovação em relação ao que é oferecido pelos bancos. Já que proporciona alternativas mais baratas e igualmente confiáveis.

“Note-se que não se trata unicamente de uma concorrência entre corretoras de criptomoedas e bancos, mas do próprio sistema de funcionamento das criptomoedas, que compete com os serviços bancários tradicionais. As criptomoedas oferecem concorrência efetiva e proporcionam uma oferta alternativa aos mesmos serviços dos bancos, competindo também por recursos de correntistas a título de Investimento”, diz a corretora na ação.

Bancos x Exchanges

Para o Mercado Bitcoin, é nítida a pressão competitiva que as exchanges exercem sobre os bancos.

Assim, segundo a corretora, os bancos atuam de forma a inviabilizar o exercício da atividade econômica das exchanges.

“Os bancos têm incentivos para adotar a conduta, pois querem estancar a migração de consumidores para outro sistema, sendo que no Brasil 18% dos consumidores indicam ter criptomoedas, o segundo maior índice no mundo”, observou o MB.

Além disso, a corretora destacou que a conduta desses bancos está se disseminando para bancos menores:

“Aliás, o fato de que bancos com menor poder de mercado não implementaram a conduta logo de início, e apenas passaram a adotar conduta semelhante após o efetivo fechamento por parte dos incumbentes é uma evidência significativa da existência da conduta – sendo necessária a atuação da autoridade concorrência ante o potencial de fechamento de mercado“, pede o MB.

Leia também: Mercado Bitcoin é primeira exchange listada na plataforma Valor PRO

Leia também: Mercado de futuros de Ethereum supera crescimento de futuros de Bitcoin

Leia também: CVM vê novo apetite por ativos de risco no mercado financeiro

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.