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Membros do PCC que usam criptomoedas para lavar dinheiro são alvo de operação

Traficantes de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções do Brasil, supostamente estão usando criptomoedas para lavar dinheiro do tráfico. Foi o que descobriu uma investigação que apura a expansão das operações do PCC para o sul do país. Após as descobertas, a Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (20), a Operação Irmandade em sete estados do país.

Segundo as autoridades, o total em bens apreendidos é de pelo menos R$ 3,5 milhões. No entanto, a Polícia Civil ainda precisa analisar os investimentos em criptomoedas, na Bolsa de Valores e em imóveis.

PCC movimentava R$ 12 milhões por mês no RS

De acordo com as investigações, a venda de drogas no Rio Grande do Sul movimentava, por mês, R$ 12 milhões. Além disso, a polícia descobriu que a facção oriunda dos presídios de São Paulo estaria se instalando definitivamente no estado.

Conforme as autoridades afirmaram, trata-se do maior esquema de venda de drogas e lavagem de dinheiro no RS. Em razão disto, foi deflagrada a ação policial nesta terça-feira.

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Na Operação Irmandade, 330 agentes cumpriram 72 mandados de busca e 5 de prisão preventiva. Até o fechamento desta matéria, quatro suspeitos já haviam sido detidos.

A Polícia Civil cumpriu ainda mandados de apreensão de veículos e imóveis no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Pará.

Traficantes investiam em criptomoedas e na bolsa

Segundo o titular da Delegacia de Lavagem de Dinheiro do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), Adriano Nonnenmacher, o esquema teve início há quatros anos. Desde 2017, o PCC, que atua em vários estados, passou a atuar no Rio Grande do Sul com 45 operadores.

O chefe do esquema, que intermediava as operações, foi identificado como um detento da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

“Foi identificado um elo entre operadores do grupo nacional com um apenado gaúcho. Eles gerenciam um esquema com 45 operadores responsáveis pela parte financeira e logística, envolvendo transações de pelo menos R$ 12 milhões de reais por mês a partir do Estado”, informou a Polícia Civil do RS no Twitter.

O delegado Nonnenmacher disse que o dinheiro da venda de drogas era transferido para mais de cem contas bancárias. Essas contas estavam todas em nomes de “laranjas”, incluindo de uma criança de 7 anos.

Os criminosos também investiam na Bolsa de Valores de São Paulo e em moedas digitais como Bitcoin. A polícia descobriu ainda que eles enviavam parte do dinheiro para o exterior por meio de doleiros.

Ademais, as investigações apontam que a quadrilha comprou um prédio com vários apartamentos e um imóvel onde funcionava uma boate em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.

Na operação, a polícia também apreendeu 22 veículos de luxo, incluindo uma Mercedes avaliada em R$ 400 mil, que pertenciam aos traficantes.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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