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McKinsey afirma que quase 60% dos bancos não sobreviveriam à uma crise econômica

Bancos outrora foram a instituições que facilitaram a quebra do monopólio monárquico permitindo certa liberdade e maior escala nas transações mercantilistas. Com o passar do tempo, essas instituições centralizaram poder estabelecendo uma nova forma de monopólio com a estrutura hierárquica “moderninha” do século XVIII. 

Nos últimos anos, vimos uma crescente mudança de comportamento social. Com o advento das redes digitais, distância e velocidade mudaram a forma como transacionamos valores em escala global. Nesse contexto, as entidades centralizadas hierarquicamente formadas no século XVIII na forma de bancos tornaram-se um grande funil para as transações globais. 

“Uma década após a crise financeira global, os sinais de que o setor bancário entrou na fase final do ciclo econômico são claros: o crescimento em volumes e as receitas de primeira linha estão diminuindo, com crescimento de empréstimos de apenas 4% em 2018 – o menor nos últimos cinco anos e bons 150 pontos base (bps) abaixo do crescimento nominal do PIB”, disse a gigane de consultoria McKinsey.

No entanto, quase 60% dos bancos do mundo não são fortes o suficiente para sobreviver à uma nova crise, disse a McKinsey em sua última análise da rede bancária global. No mesmo relatório, a empresa sugeriu várias maneiras para que bancos – instituições do século XVIII – tornem-se mais resilientes no novo paradigma de trocas.

A empresa de consultoria também alertou que os bancos estão cada vez mais vulneráveis, pois não estão crescendo tão rapidamente, acrescentando que a confiança dos investidores nos bancos está diminuindo. Ou seja, dentro dos modelos centralizados, o loop de informação ganha camadas extras de burocracia e intermediação (gargalo), causando uma sobrecarga e desgaste do sistema. Obviamente, a última consequência é a incerteza no sistema legado dessas instituições.

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“A indústria global se aproxima ao final do ciclo com uma saúde abaixo do ideal, com quase 60% dos bancos imprimindo retornos abaixo do custo do patrimônio. Uma desaceleração econômica prolongada com taxas de juros baixas ou até negativas pode causar mais estragos.”

A maioria dos bancos está com problemas por causa de “geografia, escala, diferenciação e modelo de negócios”. A McKinsey pediu aos bancos que fizessem “movimentos ousados ​​no final do ciclo” para evitar o colapso quando a próxima recessão ocorrer.

Como sugere a McKinsey, fusões, aquisições (M&A) e parcerias podem ajudá-los melhorar sua tecnologia para escalar. No entanto, o relatório curiosamente parece nadar contra a corrente. Parece orientar monopólios – modelo estrutural enfermo que já apresenta seus sintomas na web 2.0. Google, Facebook, Amazon já navegam sob os olhos atentos para a vigilância de dados. Talvez esse modelo também já tenha trilhado seu curso. Poder absoluto produz corrupção absoluta e dados são o novo ouro. Na aurora desse novo ativo, é necessária a reformulação completa dos sistemas sociais de organização que falharam conosco. Sistemas de hierarquia do século XVIII que não escalam horizontalmente serão perpetuamente substituídas por agentes centrados em redes. O Bitcoin é como a Internet, ele é a aplicação original. Sobre esta camada está sendo construído o novo paradigma da troca, e reformulando a noção do que é dinheiro.

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Thiago Catarino

Cineasta, Jornalista e Cripto Evangelista. Acredita que o blockchain tem potencial para transformar tudo, pois, restabelece à mais profunda das necessidades humanas: a confiança.

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