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Mark Zuckerberg destaca comércio online e “esconde” Libra de suas visões para 2030

A nova visão de 10 anos de Mark Zuckerberg diz muito sobre o plano do Facebook para serviços financeiros – e nada sobre a stablecoin patrocinada pela empresa, a Libra.

Em uma postagem onde revela sua visão para 2030, o CEO do Facebook divulgou uma lista completa de objetivos do final da década para a gigante de mídia social, incluindo uma extensa “oportunidade” para o Facebook “descentralizar” finanças e negócios.

“Na próxima década, esperamos construir as ferramentas de comércio e pagamentos para que todas as pequenas empresas tenham acesso fácil à mesma tecnologia que anteriormente apenas as grandes empresas possuíam”, disse Zuckerberg no post.

Essa visão inclui fachadas de lojas do Instagram, suporte ao cliente baseado no aplicativo Messenger, remessas via WhatsApp – tecnologias que o Facebook já está implementando. Zuckerberg espera que os esforços de sua empresa “sejam um longo caminho para criar mais oportunidades em todo o mundo”.

Omissão sobre a Libra

Apesar de falar sobre finanças e descentralização, o texto de Zuckerberg não menciona diretamente a Libra, controversa stablecoin que o Facebook anunciou formalmente em junho. O Facebook alega que a Calibra, subsidiária da empresa responsável pela Libra, é apenas um dos membros da Associação Libra, e que a gigante não terá controle sob a stablecoin.

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A Associação Libra, conselho que governa o projeto, se apresenta com a missão de “capacitar bilhões de pessoas através da criação de uma moeda global simples e infraestrutura financeira.”

Pessoalmente, Zuckerberg manteve uma distância formal do projeto Libra, e ele não administra a associação. No entanto, ele ainda testemunhou perante o Congresso sobre isso, assim como seu vice David Marcus.

Pode ser que Zuckerberg tenha procurado falar da Libra sem invocar seu nome. Como observa o TechCrunch, em outras partes de seu plano de 10 anos ele alude à realidade virtual sem mencionar a subsidiária Oculus, responsável pelas pesquisas no setor.

Atento às críticas

Mas, embora Zuckerberg negligencie a Libra, ele parece abordar as críticas que os reguladores de todo o mundo fizeram à stablecoin. Muitos formuladores de políticas e burocratas econômicos criticaram a stablecoin como um perigo potencialmente catastrófico para a ordem financeira mundial.

Essas críticas são adicionais à guerra retórica do Facebook em outras frentes regulatórias, incluindo privacidade de dados e adulteração de eleições. Aqui, Zuckerberg permite que a empresa trabalhe em conjunto com os governos – pelo menos enquanto esses governos permanecerem “legítimos”.

“Enquanto nossos governos forem vistos como legítimos, as regras estabelecidas por meio de um processo democrático podem adicionar mais legitimidade e confiança do que as regras definidas apenas pelas empresas”, afirmou.

Leia também: Presidente do Banco Central da Alemanha sugere sistema de pagamento em resposta à Libra

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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