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Marcelo Ferreira explica pontos levantados por Samy Dana e defende day trade

No dia 18 de setembro, o CriptoFácil noticiou sobre uma entrevista do economista brasileiro Samy Dana ao programa Pânico, transmitido pela rádio Jovem Pan. Durante o programa, além de expressar sua crença na blockchain, Dana comentou que day trade é uma “palhaçada”.

Em um mercado novo como o de criptoativos, onde muitos operam com frequência, esse tipo de afirmação pode soar errônea – ou até ofensiva. Pensando nisso, o CriptoFácil conversou com Marcelo Ferreira, trader que desenvolveu a técnica Fimathe e dá dicas sobre como operar no mercado Forex em seu canal no YouTube.

Ferreira exibe grandes percentuais de ganho em seus vídeos no YouTube, o que pode soar muito estranho para grande parte das pessoas, gerando associações com esquemas de pirâmide. Ele então defende seu ponto como trader:

“A grande diferença é que não falo de ganhos fixos. O maior problema dessas empresas, ao ofertarem soluções milagrosas no mercado financeiro prometendo enriquecer as pessoas, são esses ganhos fixos. Eu não posso falar de ganho fixo em um mercado variável. Meu rendimento nunca será igual ao do mês seguinte. Muito se resume em gerenciamento de risco, que reduz as perdas tidas em operações. Eu não faço promessas, eu faço um estudo gráfico baseado em uma técnica que eu desenvolvi, é um trabalho artesanal. É um método aplicado em gráfico que serve para qualquer mercado que eu queira operar, até mesmo se eu me aventurar com criptomoedas.”

Ele completa:

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“Se eu falar dos mesmos percentuais de ganho que essas empresas falam, de até 5% ao dia, logo todos os meus alunos vão ter um patrimônio maior que o PIB dos Estados Unidos. Fujam de negócios baseados em um mercado variável que prometem ganhos fixos, este tipo de negócio não costuma durar.”

Dana também afirmou em sua aparição no programa Pânico que “é difícil um day trader ganhar mais do que um motorista de Uber”, falando que o fator responsável pelo enriquecimento de traders é a venda de cursos. O economista inclusive chega a mencionar um estudo da FGV, que pegou como amostragem cerca de 20 mil traders.

Ferreira ponderou alguns pontos deste discurso:

“Esse estudo existe e, pela amostragem utilizada por ele, o resultado é verdadeiro. Ele conclui que 98% dos traders não consegue viver apenas operando no mercado, e isso é verdade. É realmente difícil operar no mercado, mas não quer dizer que é impossível. O resultado do estudo seria diferente se os traders entrevistados fossem os que vivem disso integralmente, uma vez que as pessoas entrevistadas tinham o day trade como renda complementar.”

Ele ainda traça um paralelo entre a profissão de trader e outras profissões:

“Muitos jovens querem ser jogadores de futebol, por exemplo, mas quantos se tornam titulares de algum time? De dentistas, engenheiros, arquitetos, quantos realmente se tornam bem sucedidos? Poucos, e a mesma coisa acontece com os traders. O meu trabalho com os meus alunos é desenvolver neles o perfil de trader, de ir até o limite da capacidade deles. Se você tem aula de futebol com o Neymar durante um mês, apesar de melhorar, não significa que você vai jogar que nem ele – o talento, dentre outros fatores, devem ser levados em consideração.”

Em linhas gerais, Ferreira defende que é possível viver de day trade mas, assim como em qualquer profissão, é necessário ter dedicação à atividade. Ele conclui falando sobre o próximo projeto do seu canal no YouTube:

“Nós vamos desenvolver um quadro em que os lucros de uma operação serão convertidos em doações para pessoas necessitadas. A ideia para o primeiro episódio deste quadro é dar um carro para uma pessoa aleatória na rua.”

Leia também: Samy Dana diz acreditar na tecnologia do Bitcoin e critica day trade

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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