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Mango Labs processa trader por manipulação de preço

O Mango Labs, organização por trás da plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) Mango Markets, decidiu processar o trader que manipulou o preço do token MNGO em outubro de 2022. É o segundo processo movido contra o hacker, conforme noticiou o CriptoFácil.

De acordo com informações, a manipulação fez o hacker obter mais de US$ 114 milhões em lucros. O Mango Labs chegou a fazer uma proposta ao hacker, mas decidiu por mover o processo.

O protocolo moveu a ação judicial na quarta-feira (25). No processo, O Mango Labs disse que o hacker Avraham Eisenberg concordou em devolver US$ 67 milhões dos fundos obtidos de forma ilícita. O hacker chegou a devolver US$ 44 milhões ainda em 2022, mas o Mango Labs agora quer o resto do dinheiro.

Cerca de dez dias atrás, a Comissão de Negociação de Futuros e Commodities dos Estados Unidos (CFTC) processou Eisenberg por perpetrar o crime. No processo, a agência acusou Eisenberg de manipular o token MNGO, violando as leis de mercados dos EUA.

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No mês passado, em dezembro de 2022, Eisenberg foi preso em Porto Rico, no entanto, não está confirmado se ele foi transferido para os EUA.

Ataque ao Mango Markets

Em outubro de 2022, Eisenberg usou duas contas separadas na plataforma Mango Markets para manipular o preço do MNGO por meio de trocas perpétuas. As trocas são basicamente negociações de futuros que permitem aos usuários manter suas posições abertas indefinidamente.

De acordo com os detalhes, Eisenberg conseguiu aumentar o preço dos contratos em 1300% em apenas 20 minutos. Com isso, o preço do MNGO subiu artificialmente, sem contar com nenhum aumento de volume do mercado como um todo.

Em seguida, Eisenberg vendeu seus tokens de uma vez só e, em meio a isso, o preço do MNGO desabou para apenas US$ 0,02. A forte desvalorização fez a Mango Markets ter que suspender as operações no dia seguinte ao incidente.

Curiosamente, Eisenberg foi ao Twitter se gabar de que a equipe operava uma “estratégia de negociação altamente lucrativa” que permitiu o ataque. Isto é, o trader afirmou que não cometeu nenhum crime, mas apenas se aproveitou da estrutura da plataforma.

“Desde o ataque, o réu continuou a conspirar para atacar ainda mais a Mango Markets, em público, e usou os fundos convertidos para atacar também outros protocolos de criptomoeda”, disse a Mango.

Realmente, Eisenberg tentou realizar o mesmo ataque no protocolo Aave apenas um mês depois, só que neste caso não obteve sucesso. O hacker perdeu cerca de US$ 2 milhões em seu ataque fracassado.

O caso está atualmente em andamento no Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Sul de Nova York (Manhattan). Eisenberg ainda não tem um advogado para si, mas aguarda o julgamento.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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