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Malta torna-se o paraíso das exchanges mundiais e as brasileiras também estão de olho

A ilha de Malta tem se tornando um paraíso para a industria de criptomoedas e blockchain, incomodando inclusive a Suíça, uma das nações mais estabelecidas como apoiadoras deste ecossistema.

Grandes players do mercado, como Binance e OKEx, já se estabeleceram na ilha, levando suas operações para o território europeu. Mas o movimento de imigração para Malta não pára e novas plataformas têm anunciado presença no território. Mais recententemente, a ZB.com, uma importante exchange de classe internacional, anunciou operações na ilha.

Este movimento também atraiu plataformas brasileiras, que têm buscando entrar no competitivo mercado europeu através de operações em nações como Suiça, Estônia e Malta. Pelo menos duas exchanges brasileiras têm explorado este potencial. Sob anonimato, um importante interlocutor do ecossistema de criptomoedas brasileiro revelou que além de conversas já avançadas com autoridades e reguladores internacionais, estas plataformas também têm buscado parceria para alavancar os negócios em solo europeu.

Inclusive alguns contatos “in loco” foram feitos em nações europeias visando a parceria. Enquanto alguns players abrem espaço para as exchanges brasileiras na Europa, elas abrem caminho para a entrada de fintechs de criptomoedas na América Latina a partir do Brasil.

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Como o Criptomoedas Fácil mostrou com exclusividade, o escritório brasileiro de advogados internacionalistas Camilo e Yulgan Sociedade de Advogados, CY²LAW já articulou uma parceria inédita com o escritório de advocacia Dalli Advocates, em Malta, para facilitar a implantação de startups nacionais em toda a Europa a partir de Malta. A parceria prevê a criação de um hub da CY²LAW em Malta, tendo a Veronique Dalli como advogada local responsável pelas operações de internacionalização envolvendo os dois países. Não está claro se qualquer uma das exchanges nacionais que têm especulado sobre a internacionalização via Europa procurou a CY²LAW.

O movimento de internacionalização das plataformas nacionais vem em um momento em que o mercado de criptomoedas brasileiro tem se fortalecido. Como temos noticiado, atualmente, existem mais pessoas negociando criptomoedas no Brasil do que na B³, Bolsa de Valores oficial nacional. A exchange BitcoinTrade já destacou estar com planos avançados de iniciar operações no México e também possui um escritório em Miami, no qual toda a expansão da plataforma vem sendo desenhada.

A internacionalização das exchanges brasileiras pode trazer um novo volume de criptomoedas para o mercado, afinal isso pode trazer novos traders e investidores. No entanto, as exchanges nacionais, ao buscar internacionalização, competirão também com players robustos que possuem sistemas de negociação, em tese, mais avançados, como a Bitfinex, BitMex e Binance, que são referência para traders em todo o mundo e já tem o pé fincado na Europa permitindo inclusive depositos em fiat, como em libras  e euro.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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