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Mais de 33% do volume de NFTs é de ‘Wash Trading’, diz especialista

Os NFTs foram, sem dúvida, o tópico mais quente do final de 2021 e início de 2022. Empurrados para a adoção mainstream por projetos como o Bored Ape Yacht Club, Azuki, Okay Bears e outros, os NFTs estavam crescendo.

Porém, à medida que o mercado geral entrou em uma queda, os tokens não fungíveis também sentiram a pressão. Dessa forma, as avaliações desmoronaram e projetos de primeira linha, como o BAYC, viram seus preços mínimos sofrerem.

Em meio a tudo isso, outros problemas também afligem a indústria como, por exemplo, as manipulações de preço. Este tipo de negociação é conhecido como Wash Trading.

NFTs com preço manipulado

O Wash Trading é o processo de inflar artificialmente o preço de um ativo, simulando a atividade de negociação. Por exemplo, imagine que fulano compra um NFT por 1 ETH. No entanto, ele quer fazer parecer que este é um colecionável caro, que ele conseguiu a um preço de banana. Para fazer isso, ele cria outra carteira e “compra” o token de si mesmo por 10 ETH, por exemplo.

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Graças à blockchain, quem verificar este NFT verá que ele foi comprado primeiro por 1 ETH e depois vendido por 10, criando a ilusão de que o item subiu de valor.

Alguém pode, então, decidir gastar mais de 10 ETH no NFT pensando que está comprando algo caro. Porém, na verdade, ao invés de comprar um item raro, na realidade, a pessoa estará comprando um NFT com preço manipulado.

Este problema pode ser estendido para atender a vários propósitos. Por exemplo, os fundadores podem inflar artificialmente o volume de negociação de suas coleções para que elas virem tendência em várias plataformas.

Vijay Pravin, CEO e fundador do provedor de análise NFT bitsCrunch, disse que esse é o maior problema da indústria de NFTs. Segundo ele, mais de um terço do volume total de negociação de NFT em todos os mercados está sujeito a operações como essa.

Pravin acredita que isso ocorre porque o mercado de NFT ainda é muito jovem. Ou seja, com o tempo, ele acredita que a indústria se limpará de “projetos lixo”.

Por outro lado, ele acredita que projetos como BAYC e CryptoPunks provavelmente não vão desaparecer. Isso porque são projetos robustos e que trouxeram muito valor ao espaço dos criptoativos.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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